sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OSALÁ ENCABEÇA A FAMÍLIA DOS ÒRISÁ FUNFUN ,OS ÒRISÁ BRANCOS ,USAM O EFUN (GIZ BRANCO)

Oxalá encabeça a família dos orixás funfun, os orixás brancos, que usam o ẹfun (giz branco) para enfeitar o corpo, dos quais há 154, segundo Pierre Verger, que cita os seguintes:




Òrìşá Olufọn ajígúnà koari, “aquele que grita quando acorda”;
Òrìşá Ògiyán Ewúléèjìgbò, “Senhor de Ejigbô”;
Òrìşá Ọbaníjìta;
Òrìşá Àkirè ou Ìkirè, um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo-mudo aquele que o negligencia;
Òrìşá Ẹtẹko Ọba Dugbe, outro guerreiro muito ligado a Òrìşànlá;
Òrìşá Aláşẹ ou Olúorogbo, que salvou o mundo fazendo chover num período de seca
Òrìşá Olójo;
Òrìşá Àrówú;
Òrìşá Oníkì;
Òrìşá Onírinjà;
Òrìşá Ajagẹmọ, para o qual, durante sua festa anual em Ẹdẹ, dança-se e representa-se com mímicas um combate entre ele e Olunwi, no qual este último sai vencedor e aprisiona seu adversário. Mas tarde Òrìşá Ajagẹmọ é libertado e volta triunfante para seu templo. Ulli Beier sugere que nesta representação poderia haver uma espécie de reconstituição da conquista do reino Igbô por Odùduà, da derrota de Orixalá no plano temporal e de sua vitória final no plano espiritual.
Òrìşá Jayé em Jayé;
Òrìşá Ròwu em Owu;
Òrìşá Ọlọbà em Obá;
Òrìşá Olúọfin em Iwọfin;
Òrìşáko em Oko;
Òrìşá Eguin em Owú.



A todos esses orixás funfun são feitas oferendas de alimentos brancos, como pasta de inhame, milho, caracóis e limo da costa. O vinho, o azeite de dendê e o sal são as principais interdições. As pessoas que lhes são consagradas devem sempre vestir-se de branco, usar colares da mesma cor e pulseiras de estanho, chumbo ou marfim. A rigor, deveriam ser os únicos a serem chamados orixás, sendo os outros designados pelos próprios nomes ou então, sob a denominação mais geral de ebora para os deuses masculinos. O termo imọlẹ abrangeria o conjunto dos deuses iorubás. O ritual de adoração de todos os orixás funfun é tão semelhante que, em alguns casos, é difícil saber se se trata de divindades distintas ou de nomes e manifestações diferentes de Oxalá.

Segundo a tradição, Òòsàálá desfruta de situação de Òrìsà máximo. Chama-se também Obàtálá, que significa "Rei Maior". Deus o teria criado antes de todos os outros e lhe teria dado o poder de auxiliar na criação dos seres humanos.

Enquanto Deus faria os corpos brutos, Òòsàálá faria os olhos, os narizes, as orelhas e outras partes dos corpos. É também chamado de "Ate-re-re-kaiye, Olódùnmarè".
Os Yorùbás rezam para que Òòsàálá favoreça as mulheres grávidas e, para agradá-lo, entoam canções especialmente em sua honra:

"Eni s'oju s'emu (A pessoa que fez olho e nariz)
Òrìsà ni maa sin (Òrìsà que vou cultuar)
Adani b'o ti ri (Criou a pessoa como ela é)
Òrìsà ni maa sin (Òrìsà que vou cultuar)
Eni ran mi w'aiye (A pessoa que me mandou para o mundo)
Òrìsà ni maa sin (Òrìsà que vou cultuar)

Òòsàálá não gosta de azeite-de-dendê, osùn, e de qualquer coisa vermelha. Seus sacerdotes e cultuadores usam roupa branca no dia de sua festa. As cultuadoras também usam turbantes e contas brancas. O Òrìsà, aliás, exige, tradicionalmente, não apenas alvuira na vestimenta mas também retidão nas pessoas.

A comida típica do Òrìsà é o pirão de inhame (isu) e molho feito de uma substância chamada Banha de Orí e caracol (Ìgbín) branco.

Coloca-se diariamente àgua de nascente em seu santuário, pintado com efun. A portadora da àgua deve necessáriamente ser uma moça virgem ou uma senhora que já não mantém mais relações sexuais. Ao trazer a àgua, a portadora vem tocando agogô, a fim de alertar a população da sua chegada. Durante o percurso ela não pode falar e ninguém deve lhe dirigir a palavra.

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