quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MARIA MOLAMBO




Maria Molambo

(Aluca) - Muito conhecida e respeitada em qualquer terreiro de Umbanda, Maria Molambo é um exemplo de como podemos evoluir quando trilhamos um caminho de ajuda e caridade aos irmãos mais necessitados.

Acostumada a bem atender a todos que procuravam sua ajuda nos Terreiros onde trabalhava, esta pomba-gira sempre foi muito requisitada para qualquer tipo de serviço.

O seu objetivo era ajudar aquele que estava à sua frente e assim ela fazia o que lhe era pedido. Infelizmente, as pessoas que procuram um Terreiro de Umbanda nem sempre procuram com sentimentos nobres, de ajuda, amor e caridade. São movidas, muitas vezes, por sentimentos mesquinhos de ódio e vingança. Assim, atendendo a estas pessoas, muitas vezes Maria Molambo se via obrigada a fazer trabalhos de vibração inferior, onde além de prejudicar a "vítima" daquele trabalho, prejudicava a pessoa que fazia o pedido, aos dirigentes do Terreiro e a si própria, já que pela "Lei do Retorno", recebemos de volta tudo aquilo que fazemos ao nosso semelhante.

Desta forma, ela, assim como todas as entidades que trabalham atendendo a qualquer tipo de pedido, era um espírito cuja evolução era direcionada pelas pessoas a quem atendia. Desta maneira a reencontramos nesta vida. Era, sem dúvida, um espírito alegre, divertido, poderoso e pronto a atender a qualquer tipo de pedido, independente se ia ou não prejudicar alguém. Um espírito com quem trabalhávamos com certa reserva, uma vez que não podíamos confiar totalmente nas pessoas a quem atendíamos.

Como nunca foi nosso objetivo "fazer maldades", tínhamos por princípio não permitir que ninguém fizesse à Maria Molambo um pedido de ordem inferior. Assim, conseguimos uma vibração de trabalho onde prevalecem o amor e a ajuda aos necessitados. E também assim conseguimos ajudar Maria Molambo a libertar-se daqueles que a puxavam para uma vibração inferior.

Hoje, quando porventura aparece alguém com um pedido maldoso, ela, além de não atendê-lo, tenta convencer a pessoa a libertar-se de tal sentimento, mostrando a ela as consequências de um ato impensado. Dando à Maria Molambo a oportunidade de trabalhar apenas no Bem, conseguimos ajudá-la a caminhar rumo a sua evolução espiritual e assim, com ela também nos ajudando a resgatar dívidas do passado, continuamos companheiras de uma mesma jornada, onde por mais que façamos por nossos semelhantes, ainda temos muito o que fazer para sermos merecedores de todas as graças que recebemos de nosso Pai Oxalá.

Maria Molambo, hoje, é a grande responsável por estarmos conseguindo aos poucos cumprir nosso papel com a mediunidade e assim consertarmos um pouco do muito que erramos no passado. Sem a ajuda de Maria Molambo, a quem carinhosamente chamamos de "Cigana", não estaríamos hoje redescobrindo e amando a nossa querida Umbanda, que tanto bem nos tem feito e a tanta gente que dela se beneficia.

Maria Molambo, uma Pombagira que sempre se veste de trapos, teria sido, no final do período Colonial no Brasil, a noiva prometida a um influente herdeiro patriarcal e que, apaixonada por outro homem, com ele fugiu de Alagoas para Pernambuco. Foram perseguidos incansavelmente pela família ultrajada e desejosa de vingança e encontrados três anos e meio depois. O jovem amante foi morto e ela levada de volta ao pai que cuspiu em seu rosto e a expulsou de casa para sempre.

Como tinha uma filha pequena, a quem devia sustentar, Rosa Maria, este era seu nome, submeteu-se a trabalhar em casa de parentes na cidade de Olinda. Com a morte da filha, de novo viu-se na rua, prostituindo-se para sobreviver. Tuberculosa e abandonada, foi enfim buscada por parentes para receber a herança deixada pelos pais mortos. Rica, teria então se dedicado à caridade até sua morte, quando então, no outro mundo, conheceu Maria Padilha e entrou para a linha das Pombagiras.

Maria Molambo da Estrada

Na umbanda, a Pomba Gira Maria Molambo responde na linha de Oxossi. O termo Molambo, por ser pejorativo, não evidencia a natureza do trabalho da Pomba-Gira Maria Molambo. Não podemos aqui minimizar a atuação desta entidade definindo unicamente uma atuação à sua natureza. A entidade Pomba-Gira de um modo geral é muito mal decifrada, ou seja, pouquíssimo conhecida por muitos cultos paralelos a Umbanda e inclusive por muitos sacerdotes da própria Umbanda Sagrada.



Arquétipo

Exus e pombagiras dessa linha (estrada) são os mais Brincalhões. Suas consultas são sempre recheadas de boas gargalhadas, porém é bom lembrar que como em qualquer consulta com um guia incorporado, o respeito deve ser mantido e sendo assim estas brincadeiras devem partir SEMPRE do guia e nunca do consulente. São os guias que mais dão consultas em uma gira de Exu, se movimentam muito e também falam bastante, alguns chegam a dar consulta a várias pessoas ao mesmo tempo. Nesta linha trabalham vários espíritos, desde os Exus da estrada propriamente dita, como também os Cíganos e a malandragem. Também se encaixam nesta linha alguns espíritos, que apesar de já terem atingido um certo grau de evolução, optaram por continuar sua jornada espiritual trabalhando como exus.



História

Sua lenda diz que Maria Molambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado.

Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.

Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.

Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar.

No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.

Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor.

Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.

Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu.

Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam Molambos; só que ela era feliz. E engravidou.

A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.

Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Molambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.

O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d'água.

Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os Molambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo.

Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu.

Seu amado nunca mais se casou, c

..Exú Mulher Maria Molambo, você que me acompanha , me ajudando nos momentos mais difíceis e aparentemente sem solução, aceite esta pequena homenagem que fiz com muito amor. Podem dizer que você é farrapo, gosta do lixo e tudo o mais, mas eu sei que sem você a minha vida não teria sentido. A sua missão é esta: tratar do lixo espiritual em que a maioria das pessoas vive, curar a depressão e fazer os humanos acreditarem em si mesmos, em sua potencialidade. Este é o seu fundamento. Para isto você foi criada. Laroiê mulher Maria Molambo!!!...

Maria Molambo do Lixo



Esta entidade é mais conhecida como Maria Molambo da Lixeira, ela é uma entidade que trabalha para os dois lados... ou seja tanto para o bem e para mal... Pertence a Linha das Molambos e seu trabalhos são sempre ofertados em lixeiras ou lugares sujos... quando não se quer brinquedo, mais sabendo usar o poder de fé desta entidade ela trabalhará só para o bem que é o que nós desejamos e sempre quando pedimos favores a Maria Molambo do Lixo é somente para nos proteger de danos e feitiços e para limpar os pegis de feitiçaria e fazemos suas entregas em cruzeiros como as demais Molambos. Para desmanchar trabalhos para o mal é uma das giras mais poderosas, pois conhece a arte da magia negra como ninguém! Agora não peça homem para Maria Molambo da Lixeira, pois esta gira até lhe trará no prazo pedido, mais quando vc menos esperar ele irá embora sem nem um beijo deixar! Ela costuma dizer que não dá homem para ninguém e sim pega para ela! Durante muito tempo, os médiuns psicógrafos não admitiam esta entidade pertencer a falange da Grande Mãe Maria Molambo, mais através de psicografias e conversas com a entidade Molambo das Almas... o Grande mistério foi explicado e o porque esta entidade fazer parte da sua falange, pois como Maria Molambo trabalha muito no baixo astral socorrendo espiritos errantes, Molambo do lixo fica o tempo inteiro por lá pois com a sua vibração é muito mais fácil os espiritos de luz saberem qual o errante que esta precisando de mais ajuda. E por morar direto com os feiticeiros da baixa magia, sabe a arte de mandar e desmanchar qualquer feitiço, mesmo este sendo mandado por um orixá ( o que não acreditamos) que sempre utiliza eguns para os devidos fins!

Molambo do Lixo gosta em suas oferendas o mesmo que as outras Molambos gostam, pois as suas diferenças são apenas e moradas e campos de atuação, por isto Molambo do Lixo esta sempre disposta a ajudar e quando incorporada e sempre muito educada e gosta de conquistar seus adépitos com suas piadas e cantigas.

História

Maria Molambo era filha de escrava com feudal, um senhor de muitas terras e que amava sua mãe e não tratava como escrava mais sim como esposa, por mais que existisse preconceito das pessoas da cidade por ela ser negra, Molambo não conheceu sua mãe, assim que nasceu sua mãe faleceu no parto então foi criada por seu pai com todos os luxos e mimos e todos na cidade a tratavam muito bem principalmente os mais nobres por seu pai ter muitas riquezas e poder na cidade , seu pai sofria de uma doença que não teria cura assim deixou toda sua herança para Molambo uma jovem linda e bela ,quando completou seus 18 anos perdeu seu pai de uma forma um tanto sofrida estava sozinha no mundo com tanto dinheiro mais tão infeliz , o povo da cidade quando souberam da morte de seu pai mudaram completamente com ela pois era uma morena jambo muito bonita mais para todos não passava de uma escrava que se escondia atrás de jóias e vestidos caros , os meses foram passando e a solidão aumentando e quanto mais chorava mais triste ficava , até que resolveu sair um pouco para ver gente, mesmo sabendo que as pessoas as descriminavam , passou a andar com os humildes que por ela não tinham preconceito só admiração a chamavam de princesa dos escravos pois fazia doações generosas as famílias pobres do vilarejo , um belo dia encontrou com um rapaz muito formoso e gentil foi amor a primeira vista , então o rapaz passou a visitá-la e tirando um pouco da solidão de sua vida , e a cada dia foi ganhando mais sua confiança e amor , não demorou muito se casarão e Molambo viveu momentos felizes , naquela época as mulheres não poderia aprender a ler e nem escrever , e foi então que o pior aconteceu ! O seu sonho virou pesadelo.

Molambo saiu como costumava fazer todos os dias para visitar as famílias e o vilarejo , quando chegou a sua mansão os escravos que a serviram por tantos anos a impediu de entrar em sua própria casa por ordem de seu marido , lhe disseram que o senhor ordenou que não deixasse entrar nem para beber água que lá ela não teria mais nada apenas a rua. Molambo não acreditou em que estava ouvindo , pois seu amado marido a traiu e lhe roubou todos os bens.

Desnorteada vagou pelas ruas, o que machucava Molambo não foi a perda da riqueza, mais da traição de alguém que era a única pessoa que ainda teria na vida.

Se passaram dias suas roupas finas viraram farrapos, sua fisionomia ficou triste e escura mais a sua beleza era visível para todos que passavam e viam aquela mulher com a mão estendida suja e esfarrapada , passou muita fome e frio mais ainda assim o que mais lhe maltratava era a traição , passando pela mesma calçada uma mulher bonita famosa dona de cabaré olhou para Molambo e perguntou : moça és tão bela o porque esta esmolando , Molambo mal olhou para moça e nada respondeu , a moça na época chamada sete saias do cabaré fez um convite a Molambo , que se Molambo fosse com ela seria muito rica e amada por muitos homens , Molambo sem entender muito acompanhou sete saia a rainha do cabaré se arrumou e começou a fazer a vida , reconquistou o dobro da riqueza que tinha era uma das mais procuradas no cabaré ,guardou seu coração na gaveta para que fosse rigorosa e fria na hora de cobrar , fez muitos abortos e não queria ter filhos foi obrigada muitas vezes a tirar , por causa do trabalho e não saberia lidar com essa situação (por esse motivo a entidade Maria Molambo é protetora das crianças) um dia a casa estava cheia e o homem que destruiu sua vida e roubou seus bens foi conferir o boato que se alastrou pela cidade ,quando Molambo o viu seu coração galopava de uma forma absurda pois por mais que ele tivesse destruído os seus sonhos ela ainda o amava pois como ela diz (o verdadeiro amor é o único feitiço que nunca é desfeito )ele chegou perto dela e pediu perdão por tudo que tinha feito que era um tolo e queria a esposa dele de volta que foi egoísta e ambicioso , mas era para que ela entendesse que sempre sofreu na vida, e ele não teve o direito de fazer o mesmo com ela, e rapidamente marcou uma encontro com ela em uma encruzilhada afastado um pouco do cabaré a meia noite , ela respirou fundo e aceitou o convite na esperança que realmente ele tinha falado a verdade e mudado , Molambo saiu escondida com uma capa preta muito usada naquela época , chegando lá ele se aproximou dela e disse " você foi a mulher mais linda que conheci em toda minha vida e sua beleza não dividirei com ninguém vou fazer isso por amor" de repente apareceram mais 6 amigos a seguraram e ela a esfaqueou varias vezes e ainda viva ele a jogou em uma lixeira e a tirou fogo , assim Molambo cura a dor de pessoas que sofrem com traição e é a favor dos casais , seu missão é proteger a "família",é um axé de respeito e fertiladade.

Pontos Cantados

Oi que caminho tão escuro, que vem passando aquela moça
De vestidinho de chita, estalando osso, puro osso
Mas ela é a Pombagira, é a Maria Mulambo


O teu pó é real, o teu pó é real
Mulambo é pombagira que carrega uma vassoura
Vem da calunga vem, vem da calunga vem
Maria Mulambo que carrega uma vassoura


Foi uma rosa que eu encontrei na encruzilhada,
foi uma rosa que eu plantei no meu jardim
Maria Molambo,
Maria Mulher,
Maria Molambo és rainha no Candomblé



Lá no morro tem, lá no morro há
Uma linda lixeira
Para a Mulambo morar
Bebe Mulambo, bebe
Ensina os seus filhos a viver
Gira, Mulambo, Gira
Gira até o dia amanhecer

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