terça-feira, 30 de agosto de 2011

ÌYÁMI ÒSÒRÒNGÀ





Os segredos da terra guardados pelos pactos da sociedade secreta da Ìyámi Òṣòrọ̀ngà.
A existência de Ìyámi Òṣòrọ̀ngà é tão antiga quanto os pensamentos de Ọlọrun.
Sua sabedoria e força rende-se neste Oriki.


1. Eleye com uma boca redonda.
2. Pássaro àtíòro que desce docemente.
3. (Eles se reúnem para beber o sangue) voa
4. sobre o teto da casa.
5. (Passando da rua) colocou no mundo (Come desde a cabeça, eles estão contentes).
6. (Come desde a cabeça, eles estão contentes) colocou no mundo (Chora como uma criança mimada).
7. (Chora como uma criança mimada) colocou no mundo ajé
8. Quando ajé veio ao mundo
9. Ela colocou no mundo três filhos.
10. Ela colocou no mundo “ Vertigem”
11. Ela colocou no mundo “Troca e sorte”
12. Ela colocou no mundo “ Esticou-se fortemente morrendo”
13. Ela colocou no mundo estes três filhos.
14. Assim eles não têm plumas.
15. O pássaro akó lhes deu as plumas.
16. Nos tempos antigos, elas dizem que elas não gratificam o mal
17. no filho que tem o bem.
18. Eu sou vosso filho tendo o bem, não me gratificai o mal.
19. Vento secreto da Terra.
20. Vento secreto do além.
21. Sombra longa, grande pássaro que voa em
22. todos os lugares.
23. Noz de coco de quatro olhos, proprietária de vinte ramos.
24. Obscuridade quarenta flechas (É difícil que o dia se torne noite).
25. Ela se torna pássaro olongo (que) sacode a cabeça.
26. Ela se torna pássaro untado de osù n muito vermelho.
27. Ela se torna pássaro, se torna irmã caçula da árvore akòko.
28. (A coroa sobe na cabeça) segredo de Ìdo.
29. A rã se esconde em um lugar fresco.
30. Mata sem dividir, fama da noite.
31. Ela voa abertamente para entrar na cidade.
32. Vai à vontade, anda à vontade, anda suavemente para entrar no mercado.
33. (Faz as coisas de acordo com sua pró pria vontade)
34. Elegante pássaro que voa no sentido invertido de barriga para cima.
35. Ele tem o bico pontudo como a conta esuwu.
36. Ele tem as pernas como as contas sègi.
37. Ele come a carne das pessoas começando pela cabeça.
38. Ele come desde o fígado até o coração.
39. O grande caçador.
40. Ele come desde o estômago até a vesícula biliar.
41. Ele não dá o frango para ninguém criar,
42. mas ele toma o carneiro para junto desta




Fonte: http://www.pierreverger.org/fpv/index.php

LENDA E Oríkì ÒGÚN - Com Tradução a Cada Linha


Ogun é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este ultimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro e poderoso, capaz de matar e aniquilar quem puser em risco a tranqüilidade de seu mano Oxossi. Há quem diga, até, que Ogun zela mais pelos filhos de Oxossi que pelos seus próprios, tal é o sentimento que ele tem pelo irmão.

Ogum era um caçador, tranqüilo, calmo, pacato. Bom filho, bom irmão, atencioso e trabalhador. Era ele quem provia sua casa e família, pois Exu gostava de viajar pelo mundo. Oxossi, ao contrario, era mais descansado e contemplativo. Como irmão mais velho, então Ogun cuidava da caça, dos concertos, etc. Mas, dentro de seu coração, existia um enorme desejo em “ganha o mundo”, como seu irmão Exu.

Num belo dia, ao voltar de uma exaustiva caçada, Ogun viu sua casa e família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver a casa em chamas e seus entes queridos clamando por socorro, Ogun tomou-se de ira e, sozinho, cheio de ódio, arrasou com os agressores, não deixando um só de pé.

Daí por diante Ogun iniciou Oxossi na arte das caça; mostrou-lhe os caminhos e trilhas da floresta e lhe disse:

- Sempre que estiveres em perigo pense no seu irmão. Onde eu estiver voltarei para defendê-lo.Aproximou-se de Iemanjá e se despediu:

- Mãe, preciso ir. Preciso vencer e conquistar. Está no meu sangue, essa é a minha vontade.

Desta forma, Ogun partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo. Mesmo sem exercito, vencia todos os exércitos, conquistando tudo aquilo que queria. Ogun se tornou a vitória, a força da conquista.

Esse Orixá, de temperamento explosivo e coração quente, é a força da Natureza talvez mas temida e respeita. Ogun é o gás, a explosão, a guerra, o choque de dois carros, o ferro retorcido, a luta entre os homens e os animais. Ogun é a valentia, a bravura, a coragem, a estocada, a largada, a chegada vitoriosa.

Ogun também é o ciúme, o desabafo, a disputa. Senhor dos metais e incapaz de ser derrotado.

O elemento de Ogun é a terra, e dependendo das qualidades , ou sejam sua fundamentação, carrega também os elementos água e ar.

Quando você sentir seu pulso, seu coração batendo, tenha certeza, Ogun está presente. Quando sentir que seu sangue corre nas veias, pense com convicção. Ogun está presente. Enquanto sentir que existe vida dentro de si, saiba, Ogun a está mantendo e abençoado.


Oríkì ÒGÚN - Com Tradução a Cada Linha

Ògún laka aye
(Ogun poderoso do mundo)
Osinmole
(O próximo a Deus)
Olomi nile fi eje we
(Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue)
Olaso ni le
(Aquele que tem roupa em casa)
Fi imo bora
(Mas prefere se cobrir de mariô)

La ka aye
(Poderoso do mundo)
Moju re
(Eu o saúdo)
Ma je ki nri ija re
(Que eu não depare com sua ira)
Iba Ògún
(Eu saúdo Ogun)
Iba re Olomi ni le fi eje we
(Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue)
Feje we. Eje ta sile. Ki ilero
(Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranquilidade)
Ase
Axé

Oríkì ÒGÚN (II)

Ògún pèlé o !
Ogum, eu te saúdo !
Ògún alákáyé,
Ogum, senhor do universo,
Osìn ímolè.
loder dos orixás.
Ògún alada méjì.
Ogum, dono de dois facões,
O fi òkan sán oko.
Usou um deles para preparar a horta
O fi òkan ye ona.
e o outro para abrir caminho.
Ojó Ògún ntòkè bò.
No dia em que Ogum vinha da montanha
Aso iná ló mu bora,
ao invés de roupa usou fogo para se cobrir.
Ewu ejè lówò.
E vestiu roupa de sangue.
Ògún edun olú irin.
Ogum, a divindade do ferro
Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn.
Orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes.
Ògún onire alagbara.
Ògún Onire, o poderoso.
A mu wodò,
O levamos para dentro do rio
Ògún si la omi Logboogba.
e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais.
Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Ogum é o dono dos cães e para ele sacrificamos.
Onílí ikú,
Ogum, senhor da morada da morte.
Olódèdè màríwò.
o interior de sua casa é enfeitado com màríwò.
Ògún olónà ola.
Ogum, senhor do caminho da prosperidade.
Ògún a gbeni ju oko riro lo,
Ogum, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantar
Ògún gbemi o.
Ogum, apoie-me
Bi o se gbe Akinoro.
do mesmo modo que apoiou Akinoro.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

MALANDRAS







Nomes

Maria Navalha
Maria Navalhada
Maria Analha
Seu ilá é de guerra, pois vem por Oyá, mas não gosta de ser mandada. É vesga. Dança lindamente como uma mulata do olodum. Perigosa e verdadeira. Diz que nunca foi mãe, nem casada, nem teve casa.

Lendas

Uma pombagira pouco conhecida. No cais da Bahia, junto ao mercado modelo, onde os saveiros descarregavam frutas, cacau, fumo, viveu a pombagira Maria Navalha. Malandros, marinheiros cheirando a sal, vendederes de acarajé, capoeiristas, eram os seus companheiros. Ela usava uma saia estampada de chitão, uma blusa preta de babados, um chapéu negro prendendo seus cabelos vermelhos e dançava na roda de malandros.

Cai a noite e o amor. "áis" de amor se ouviam nos saveiros, nas ruas pobres de salvador. E lá estava ela, com sua navalha na liga, sua defesa de mulher-dama ( mulher que vendia o amor ) para os que não queriam pagar. Jovem pobre, feiticeira, freqüentadores dos cadomblés que enchiam as madrugadas com os sons dos atabaques, ela ganhava a vida pelo amor e pelo jogo de ronda. Companheira dos malandros, dos marujos, dos bambas das ladeiras do velho pelourinho, amante ardente e carinhosa, mas com gênio forte, ela ganhou o nome de Maria Navalha dos velhos eluôs baianos. Moça vinda do interior da Bahia, sozinha, fazia ela mesmo suas roupas e nunca deixava seu chapéu preto brilhoso. Amou coronéis de cacau, jogadores dos cassinos, marujos tatuados, mas seu grande amor foi o malandro Zé pelintra da meia-noite.

Hoje, baixa na linha de exu, perigosa pombagira malandra, carteia e faz ebós diferentes, não como a famosa Maria Padilha e Molambo. Mas não pense que ela é fraca. Força de magia, faz trabalhos costurados, com caco de vidros, bebe suas cervejas, fuma seus cigarros e quando chega na banda do templo de magia cigana traz uma alegria encrivel. Morreu há 55 anos e fala que no cais moram crianças abandonadas, bêbados, pretas com seus tabuleiros em X, pobres sem casa, carteadores, mulheres da noite.

Pontos Cantados

Ela é Maria navalha
Mora na beira do cais
É mulher de Zé malandro
Zé pelintra e outros mais


Eu vou beber
vou farriar
para a polícia me levar
eu moro em Casa Amarela
lá nas sete esncruzilhadas
e quem quizer saber meu nome
sou eu Maria Navalha.


Mulher de malandro tem nome
e se conhece pela saia
vara curta e onça brava
ela é maria navalha


Características

Bebidas Cerveja
Comidas Come cebola roxa, salaminho, coisas que há nos botequins
Referências

CASA DE CARIDADE PAI SERAFIM DE ANGOLA

MALANDRO SEU ZÉ PILINTRA







PONTO RISCADO PARA QUEM FAZ USO .



(Scox) - Zé Pelintra é um espirito desencarnado há muitas décadas, que teve a missão do plano espiritual de trabalhar para a prática da caridade e para o progresso da humanidade. Seu Zé, desenvolve seus trabalhos espirituais dentro da ritualística umbandista e também no Catimbó Nordestino.

Zé Pelintra, surgiu na Umbanda, primeiramente nas giras de Exú, firmando seu ponto e seu reinado como Exú Zé Pelintra. Mais tarde, passou a integrar também a linha dos baianos, em homenagem as suas manifestações no Catimbó do Nordeste Brasileiro.

Características

Arma Trabalha muito com bonecos, agulhas, cocos, pemba, ervas, frutas, frango, velas, etc..
Bebida A direita, bebe marafo, batidas e pinga de coquinho, pela esquerda, marafo, conhaque e uísque
Fuma A direita, fuma cigarros ou cigarilhas, pela esquerda fuma charutos
Guia podem ser de vários tipos, desde coquinhos com olho de cabra até vermelho e preto, vermelho e branco ou preto e branco.
Indumentária Calça branca, sapato branco (ou branco e vermelho), seu terno branco, sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Lugar Seu ponto de força é na porta do cemitério, pois ele trabalha muito com as almas, assim como é de característica na linha dos Pretos-Velhos e Exús. Sua imagem fica sempre na porta de entrada no terreiro, pois ele é quem toma conta das portas, das entradas, etc..
Existem diferenças entre Umbanda e Catimbó.

A Umbanda é uma religião Brasileira, possui um pouco de Catolicismo, Espiritismo, Pajelança e culto aos Orixás. Tem manifestaçoes de pretos velhos, caboclos, baianos, marinheiros, boiadeiros e exús.

O catimbó é um culto regional do Nordeste, onde existem manifestações de espiritos que viveram principalmente naquela região do Brasil, e que são chamados de Mestres Catimbozeiros. Seu Zé Pelintra, assim como outros guias que trabalham no Catimbó, trabalham também na umbanda. Em alguns lugares, sobretudo São Paulo, manifesta-se como Baiano. No Rio de Janeiro é cultuado como Exu e por vezes Malandro.

No Catimbó ele é Mestre, e por ser uma entidade diferente das que são cultuadas na umbanda, ele não trabalha numa linha específica, porém, sua participação mais ativa seria na gira de baianos, exus e, em raros casos, pretos velhos. Seu Zé pode aparecer, portanto, em qualquer linha de gira, desde que seu trabalho seja realmente necessário.

Apesar de ser um espírito "boêmio", "malandro" e brincalhão, este ente de luz, trabalha com seriedade e mesmo com a fama que possui, de beberrão, não é bem assim que as coisas funcionam. Seu Zé, exige muito de seus médiuns, por seriedade, responsabilidade e outras virtudes e é o primeiro guia que se afasta do médium quando este não segue seus conselhos e não adota a boa moral e conduta pregada por ele, ou seja, um "cavalo de Seu Zé", deve ser honesto, trabalhar com firmeza para o bem, para a caridade, não pode ser adúltero, beberrão, pois ele não admite isso de seu médium.

História

José dos Anjos, nascido no interior de Pernambuco, era um negro forte e ágil, grande jogador e bebedor, mulherengo e brigão. Manejava uma faca como ninguém, e enfrentá-lo numa briga era o mesmo que assinar o atestado de óbito. Os policiais já sabiam do perigo que ele representava. Dificilmente encaravam-no sózinhos, sempre em grupo e mesmo assim não tinham a certeza de não saírem bastante prejudicados das pendengas em que se envolviam.

Não era mal de coração, muito pelo contrário, era bondoso, principalmente com as mulheres, as quais tratava como rainhas.

Sua vida era a noite. Sua alegria, as cartas, os dadinhos a bebida, a farra, as mulheres e por que não, as brigas. Jogava para ganhar, mas não gostava de enganar os incautos, estes sempre dispensava, mandava embora, mesmo que precisasse dar uns cascudos neles. Mas ao contrário, aos falsos espertos, os que se achavam mais capazes no manuseio das cartas e dos dados, a estes enganava o quanto podia e os considerava os verdadeiros otários. Incentivava-os ao jogo, perdendo de propósito quando as apostas ainda eram baixas e os limpando completamente ao final das partidas. Isso bebendo aguardente, cerveja, vermouth, e outros alcoólicos que aparecessem.

O encontro Zé Pilintra e Lampião

Um dia desses, passeando por Aruanda, escutei um conto muito interessante. Uma história sobre o encontro de Zé Pelintra com Lampião.

Dizem que tudo começou quando Zé Pelintra, malandro descolado na vida, tentou aproximar - se de Maria Bonita, pois a achava uma mulher muito atraente e forte, como ele gostava. Virgulino, ou melhor, Lampião, não gostou nada da história e veio tirar satisfação com o Zé:

- Então você é o tal do Zé Pelintra? Olha aqui cabra, devia te encher de bala, mas não adianta.Tamo tudo morto já! Mas escuta bem, se tu mexer com a Maria Bonita de novo, vou dá um jeito de te mandar pro inferno.

- Inferno? Hahahaha, eu entro e saiu de lá toda hora, num vai ser novidade nenhuma pra mim!_ respondeu o malandro _ Além do mais, eu nem sabia que a gracinha da "Maria" tinha um "esposo"! Então é por isso que ela vive a me esnobar!

- Gracinha? Olha aqui cabra safado, tu dobre a língua pra falar dela, se não tu vai conhecer quem é Lampião! _ disse Virgulino puxando a peixeira, já que não era e nunca seria, um homem de muita paciência.

- Que isso homem, tá me ameaçando? Você acha que aqui tem bobo?_ e Zé Pelintra estralou os dedos, surgindo toda uma falange de espíritos amigos do malandro, afinal ele conhecia a fama de Lampião e sabia que a parada era dura.

Mas Lampião que também tinha formado toda uma falange, ou bando, como ele gostava de chamar, assoviou como nos tempos de sertão e toda um "bando" de cangaceiros chegaram para participar da briga. A coisa parecia já não ter jeito, quando um espírito simples, com um chapéu na cabeça, uma camisa branca, cabelos enrolados, chegou dizendo:

- Oooooooxxxxxx! Mas o que que é isso aqui? Compadre Lampião põe essa peixeira na bainha! Oxente Zé, tu não mexeu com Maria Bonita de novo, foi? Mas eu num tinha te avisado, ooooxx, recolhe essa navalha, vamo conversar camaradas.

- Nada de conversa, esse cabra mexeu com a minha honra, agora vai ter! - Disse Lampião enfurecido!

- To te esperando olho de vidro! - respondeu Zé Pelintra.

- Pera aí! Pela amizade que vocês dois tem por mim, "Severino da Bahia", vamo baixar as armas e vamo conversar, agora!

Severino era um antigo babalorixá da Bahia, que conhecia os dois e tinha muita afeição por ambos. Os dois por consideração a ele, afinal a coisa que mais prezavam entre os homens era a amizade e lealdade, baixaram as armas. Então Severino disse:

- Olha aqui Zé, esse é o Virgulino Ferreira da Silva, o compadre Lampião, conhecido também como o "Rei do Cangaço". Ele foi o líder de um movimento, quando encarnado, chamado Banditismo ou Cangaço, correndo todo o sertão nordestino com sua revolta e luta por melhores condições de vida, distribuição de terras, fim da fome e do coronelismo, etc. Mas sabe como é, cometeu muitos abusos, acabou no fim desvirtuando e gerando muita violência.

- É, isso é verdade. Com certeza a minha luta era justa, mas os meios pelo qual lutei não foram, nem de longe, os melhores. Tem gente que diz que Lampião era justiceiro, bem.Posso dizer que num fui tão justo assim_ disse Lampião assumindo um triste semblante.

- Eu sei como é isso. Também fui um homem que lutou contra toda exploração e sofrimento que o pobre favelado sofria no Rio de Janeiro. Nasci no Sertão do Alagoas, mas os melhores e piores momentos da minha vida foram no Rio de Janeiro mesmo. Eu personificava a malandragem da época. Malandragem era um jeito esperto, "esguio", "ligeiro", de driblar os problemas da vida, a fome, a miséria, as tristezas, etc. Mas também cometi muitos excessos, fui por muitas vezes demais violento e, apesar de morrer e terem me transformado em herói, sei que não fui lá nem metade do que o povo diz_ dessa vez era Zé Pelintra quem perdia seu tradicional sorriso de canto de boca e dava vazão a sua angústia pessoal.

- Ooxx, tão vendo só, vocês tem muitas semelhanças, são heróis para o povo encarnado, mas, aqui, pesando os vossos atos, sabem que não foram tão bons assim. Todos têm senso de justiça e lealdade muito grande, mas acabaram por trilhar um caminho de dor e sangue que nunca levou e nunca levará a nada.

- É verdade, bem, acho que você não é tão ruim quanto eu pensava Zé. Todo mundo pode baixar as armas, de hoje em diante nós cangaceiros vamo respeitar Zé Pelintra, afinal, lutou e morreu pelos mesmos ideias e com a mesma angústia no coração que nós!

- O mesmo digo eu! Aonde Lampião precisar Zé Pelintra vai estar junto, pois eu posso ser malandro, mas não sou traíra e nem falso. Gostei de você, e quem é meu amigo eu acompanho até na morte.

- Oooooxxxxx! Hahahaha, mas até que enfim! Tamo começando a nos entender. Além do mais, é bom vocês dois estarem aqui, juntos com vossas falanges, porque eu queria conversar a respeito de uma coisa! Sabe o que é.

E Severino falou, falou e falou. Explicando que uma nova religião estava sendo fundada na Terra, por um tal de Caboclo das Sete Encruzilhadas, uma religião que ampararia todos os excluídos, os pobres, miseráveis e onde todo e qualquer espírito poderia se manifestar para a caridade. Explicou que o culto aos amados Pais e Mães Orixás que ele praticava quando estava encarnado iria se renovar, e eles estavam amparando e regendo todo o processo de formação da nova religião, a Umbanda.

- .é isso! Estamos precisando de pessoas com força de vontade, coragem, garra para trabalhar nas muitas linhas de Umbanda que serão formadas para prestar a caridade. E como eu fui convidado a participar, resolvi convidar vocês também! Que acham?

- Olha, eu já tenho uma experiência disso lá no culto a Jurema Sagrada, o Catimbó! Tô dentro, pode contar comigo! Eu, Zé Pelintra, vou estar presente nessa nova religião chamada Umbanda, afinal, se ela num tem preconceito em acolher um "negô" pobre, malandro e ignorante como eu, então nela e por ela eu vou trabalhar. E que os Orixás nos protejam!

- Bem, eu num sô homem de negar batalha não! Também vou tá junto de vocês, eu e todo o meu bando. Na força de "Padinho" Cícero e de todos os Orixás, que eu nem conheço quem são, mas já gosto deles assim mesmo.

E o que era pra transformar - se em uma batalha sangrenta acabou virando uma reunião de amigos. Nascia ali uma linha de Umbanda, apadrinhada pelo baiano "Severino da Bahia", pelo malandro mestre da Jurema "Zé Pelintra" e pelo temido cangaceiro "Lampião".

Junto deles vinham diversas falange. Com o malandro Zé Pelintra vinham os outros malandros lendários do Rio de Janeiro com seus nomes simbólicos: "Zé Navalha", "Sete Facadas", "Zé da Madrugada", "7 Navalhadas", "Zé da Lapa", "Nego da Lapa", entre muitos e muitos outros.

Junto com Lampião vinha a força do cangaço nordestino: Corisco, Maria Bonita, Jacinto, Raimundo, Cabeleira, Zé do Sertão, Sinhô Pereira, Xumbinho, Sabino, etc.

Severino trazia toda uma linha de mestres baianos e baianas: Zé do Coco, Zé da Lua, Simão do Bonfim, João do Coqueiro, Maria das Graças, Maria das Candeias, Maria Conga, vixi num acaba mais.

Em homenagem ao irmão Severino, o intermediador que evitou a guerra entre Zé Pelintra e Lampião, a linha foi batizada como "Linha dos Baianos", pois tanto Severino como seus principais amigos e colaboradores eram "Baianos".

E uma grande festa começou ao som do tambor, do pandeiro e da viola, pois nascia ali a linha mais alegre, mais divertida e "humana" da umbanda. Uma linha que iria acolher a qualquer um que quisesse lutar contra os abusos, contra a pobreza, a injustiça, as diferenças sociais, uma linha que teria na amizade e no companheirismo sua marca registrada. Uma linha de guerreiros, que um dia excederam - se na força, mas que hoje lutavam com as mesmas armas, agora guiados pela bandeira branca de Oxalá.

E, de repente, no meio da festa, raios, trovões e uma enorme tempestade começaram a cair. Era Iansã que abençoava todo aquele povo sofrido e batalhador, igualzinho ao povo brasileiro. A Deusa dos raios e dos ventos acolhia em seus braços todas aqueles espíritos, guerreiros como ela, que lutavam por mais igualdade e amor no nosso dia - dia.

E assim acaba a história que eu ouvi, diretamente de um preto-velho, um dia desses em Aruanda. Dizem que Zé Pelintra continua tendo uma queda por "Maria Bonita", mas deixou isso de lado devido ao respeito que tem pelo irmão Lampião. Falam, ainda, que no momento ele "namora" uma Pombagira, que conheceu quando começou a trabalhar dentro das linhas de umbanda. Por isso é que ele "baixa", às vezes, disfarçado de Exú.

"Oxente eu sou baiano, oxente baiano eu sou

Oxente eu sou baiano, baiano trabalhador

Venho junto de Corisco, Maria Bonita e Lampião

Trabalhar com Zé Pelintra

Pra ajudar os meus irmãos.!"

Pontos Cantados

Com seu chapéu de palha
E seu lenço no pescoço
Zé Pilintra veio a terra
E me deu boa noite moço


O Zé quando for na lagoa
Toma cuidado com o balanço da canoa
O Zé faça tudo o que quiser
Mas não machuque o coração dessa mulher


O Zé, Zé Pilintra enganador
Enganou a jovem com palavras de amor
Não foi eu, foi ela,
Foi ela quem me enganou
Eu passava ela dizia Zé Pilintra meu amor.


Seu Zé Pilintra não teve pai
Seu Zé Pilintra não teve mãe
Ele foi criado por Ogum Beira-Mar
Na fé de Zambi e de todos os Orixás


De terno branco
Seu punhal de aço puro
O seu ponto é seguro
Quando vem pra trabalhar
Segura o nêgo,
Que esse nêgo é Zé Pilintra
Na descida do morro ele vem trabalhar


Seu Zé Pilintra
Boêmio da madrugada
Na linha das almas
E também da encruzilhada


Tava em cima do muro
Fumando um bagulho
O moleque chegou
Vinha correndo e gritando
Sai daí Zé Pilintra
A polícia chegou
Deu pancadaria, deu confusão
Saí correndo,
Deixei meu bagulho no chão


Venha cá Seu Zé, venha me valer
Sem sua ajuda eu não posso viver
Ô Seu Zé, auê, o Seu Zé, auá
Ele vem aqui, não se esquece de voltar


Meu Senhor não maltrate esse nêgo
Esse nêgo caru me custou
Ele usa camisa listrada
Calça de veludo e anel de doutor
Esse nego é doutor, é sim senhor

Oferendas

Embora Zé Pilintra não seja um Exú, a liturgia do seu culto se aproxima muito deste, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Por isso lhe são oferecidos padês de dendê, cachaça e charutos, maços de cigarros, farofa de linguiça num alguidar de barro com pequenos dados ou um baralho colocados por cima.

A oferenda mais comum no Catimbó é o cuscuz de peixe, bebida das folhas da jurema preta, milho, gengibre e rapadura, que, segundo dizem, têm qualidades afrodisíacas.

Segundo algumas culturas antigas, o quarto de lua também influencia a eficácia dos trabalhos e rituais. Portanto, deve-se observar os seguintes preceitos quando às oeferendas e despachos.

Quarto Minguante - Período próprio para o despachp das forças negativas e rituais de limpeza
Quarto Crescente - Fase indicada para o aumento das boas energias, tonificação do mental e espiritual.
Lua Cheia - Ideal para o incremento das energias positivas, crescimento e fortalecimento da segurança e aumento da prosperidade.
Lua Nova - O mais poderoso de todos os quartos de lua. É quando todas as potencialidades estão em um período neutro, podendo energizar tanto o lado benéfico como o maléfico das forças da natureza. Por ser um período de junção, este período é também o mais perigoso. Muito cuidado deve ser tomado nos trabalhos de magia neste período.
No catimbó, ainda existem outras oferendas típicas da cultura indígena, como a farofa de banana e uma bebida fermentada chamada cauim, feita de aguardente e ervas silvestres.

SENHOR TRANCA RUA








SENHOR TRACA RUA DAS ALMAS
SENHOR TRANCA RUA DO EMBARÉ
TRANCA RUA DAS RUAS
TRANCA RUA DAS ENCRUZILHADAS
TRANCA RUA DAS PORTEIRAS
TRANCA RUA DAS SETE LUAS
TRANCA RUA DAS SETE GIRAS
(TarchiMache) - Tranca Ruas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.

Caminhos

A falange de Tranca-Ruas é dividida em 7 sub-falanges. Cada sub-falange tem a direção de um Tranca-Ruas específico, como se fosse um batalhão - cada batalhão, um general.

Falange comandada por Tranca Ruas das Almas
Falange comandada por Tranca Ruas de Embaré
Falange comandada por Tranca Ruas das Ruas
Falange comandada por Tranca Ruas das 7 Encruzilhadas
Falange comandada por Tranca Ruas das Porteiras
Falange comandada por Tranca Ruas das 7 Luas
Falange comandada por Tranca Ruas das 7 Giras
Características

Arma Espada
Bebida
Tranca Ruas das Encruzilhadas - Marafo, whisky, rum, vodka
Tranca Ruas dos Cruzeiros - Vinho branco, vermouth, champanhe, whisky
Tranca Ruas das Almas - Vinho tinto, whisky ou marafo
Erva Espada de São Jorge
Fuma Charutos
Lugar Tronqueira
Planta rosas amarelas
Vela Pretas, Vermelhas e Pretas
História1

Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte

Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!

Saravá, Senhor Exu Guardião Tranca Ruas!

Saravá, Ogum Sete Lanças da Lei e da Vida!

Saravá Pai Ogum!

Saravá Mãe Iemanjá!

Saravá, Regente Oxalá!

Saravá, Umbanda!!!

Surpreenda-se com esse Mehi Guardião de Mistérios a serviço da Lei Maior!

("O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturbado significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas atribuições: Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos e pena dos libidinosos. Saibam que foi um dos Mehis que velaram a descida do "ACH-ME ou MISTÉRIO JESUS CRISTO". Assim é TRANCA-RUAS, Mehi por Origem, Natureza e Formação. Não importa a Religião que tens que guardar, pois nela, dela e para ela, Mehi, sempre será.")

Senhor Tranca-Rua das Almas, senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé, livrando-os de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de todos os seres iluminados; fazei dos pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo. Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro que nossos próprios atos; Senhor (Pai) Tranca-Ruas das Almas agradeçemos por tudo que fizeste apren-der nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para os inimigos Abençõe a guarde esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra umbanda.




Tranca Ruas


Tranca Ruas das Almas


Tranca Ruas das Encruzilhadas


Tranca Ruas do Cruzeiro


Tranca Ruas do Luar


Tranca Ruas Pequenino

Pontos Cantados

O sino da igrejinha Faz belém, blem, blom
Deu meia noite o galo já cantou
Seu Tranca-Ruas é o dono da gira
Oi corre gira que Ogum mandou


Com 7 velas eu firmei meu ponto
E na encruza Exú me saravou
Firma seu ponto Seu Tranca Ruas
Exú da linha de Seu Marabô


Viva as almas, viva a coroa e a fé
Salve Exú das Almas
Ele é Tranca Ruas de fé


Seu Tranca Ruas que nasceu no Mato Grosso
Ele é filho de um xavante, ele é de Embaré
Mas o homem é Tranca Ruas de Embaré


Na sua encruza ele é o Rei
Na sua banda ele é o Senhor
Oi, salve o Sol, oi salve a Lua
Salve toda a encruzilhada
Oi saravá Seu Tranca Ruas


Seu Tranca Ruas me abra os meus caminhos
Que me foi trancado pelo povo pequenino
Saravá o sol, saravá a lua
Saravá a rua, saravá Seu Tranca Ruas


Está iluminando a sua banda
Está cheirando flor em seu Congá
Seu Tranca Ruas um pedido eu lhe faço
Me abre as portas
Ilumina os caminhos por onde passo


Exú abre os caminhos, foi Xangô quem mandou
Tranca Ruas nas encruzilhadas
Corre a gira nas demandas
Corre a gira nas Quimbandas,
Foi Xangô quem mandou


Seu Tranca Rua da Mata
Chama, chama que ele vem
Ele é o Rei da Quimbanda na Mata
Chama, chama que ele vem
Lá no meio da macaia
Seu Tranca Rua chegou
Ele veio tirar despacho
Que você pra mim deixou
Seu Tranca Ruas da Mata
Chama, chama que ele vem


Ouvi um barulho na mata
Ai meu Deus o que será
É Seu Tranca Rua das Matas
Que veio trabalhar


Seu Tranca Ruas nas forças da mata
O seu Congá tem segurança
É nas tronqueiras que ele gira
É meia noite que o galo canta


Quem é que desceu do reino, quem é?
Ele é Tranca Ruas das Almas, ele é


Estava dormindo na beira do mar
Quando as Almas me chamaram para trabalhar
Acorda Tranca Rua vai vigiar
O inimigo está invadindo a porteira do Congá
Põe a mão nas suas armas e vai guerrear
Bota o inimigo pra fora pra nunca mais voltar


Estava dormindo
A Umbanda me chamou
Se levanta minha gente
Tranca Rua já chegou

Quando a Lua sair
Eu vou girar, eu vou girar
Chegou Tranca Ruas
Pra todo mal levar


Seu Tranca Ruas
Me cubra com sua capa
Quem tem sua capa escapa
A sua capa é um manto de caridade
Sua capa cobre tudo
Só não cobre a falsidade


Oh! Luar! Oh! Luar! Olha os raios da Lua
Está chegando na banda Seu Exú Tranca Rua
Salve as Almas Benditas
Do cruzeiro das almas
Está chegando na banda
Tranca Rua das Almas


Quando o galo canta
As almas se levantam e o mar recua
É quando os anjos do céu dizem amém
E o pobre do lavrador diz aleluia
Diz aleluia, diz aleluia
Seu Tranca Ruas diz aleluia


Está iluminando a sua banda
Está cheirando flor em seu Congá
Seu Tranca Ruas um pedido eu lhe faço
Me abre as portas
Ilumina os caminhos por onde passo


Seu Tranca Ruas
Me abra os meus caminhos
Que me foi trancado
Pelo povo pequenino
Saravá o Sol, saravá a Lua
Saravá a Rua, saravá Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Nas forças da mata
O seu Congá tem segurança
É nas tronqueiras que ele gira
É meia noite que o galo canta


Chegou na canjira de Umbanda
Seu Tranca Ruas
Quem está de ronda é meu Pai
Seu Tranca Ruas
Me cubra com sua capa
Quem tem sua capa escapa
A sua capa é um manto de caridade
Sua capa cobre tudo
Só não cobre a falsidade


Na Lua nova ele fez seu ponto
Na Lua cheia ele confirmou
São Sete Estrelas, são sete Luas
Saravá Ogum, saravá Seu Tranca Ruas


Já deu meia noite
Tá na hora da Quimbanda
Segura a gira Exú
Seu Ogum é quem manda

Tranca Rua está na terra
Veio combater demanda
Salve o Povo da Encruza
Salve Exú e sua Banda


Quem trabalha com as Santas Almas
Não tem medo de assombração
Sou filho de Tranca Ruas
Tenho as Almas no coração


Poder, poder Tranca Ruas é quem traz
Cuidado com o que diz
Tranca Ruas está por trás
Cuidado com o que faz
Tranca Ruas está por trás


Tranca Ruas das Almas

É a segunda pessoa de Exu Mór, sendo a sua posição idêntica à do Exu Marabô, com a mais alta responsabilidade no Reino dos Exus. A ele está designada guarda das entradas e de recintos onde se pratica a alta magia, É conhecido, também, na gloriosa Umbanda, por Elio.

Em todas as reuniões espirituais o Exu Tranca-Rua mantém proteção, com a sua guarda de choque, contra os kiumbas, que procuram deturpar o bom andamento dos trabalhos. Assim sendo, sentimo-nos na obrigação de saudar esta ancestralidade em primeiro plano ao darmos início aos trabalhos de Kimbanda, para que o ambiente sinta a sua proteção. Existem vários ancestrais que se apresentam como Exus Tranca-Ruas.

Tranca Ruas de Embaré

Sr. Exú Embaré, Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada, no Reino de Safira ( Este reino é espiritual ). E neste caso temos duas histórias que comprovam a existência desta divindade de Ngangá no mundo espiritual e outra popular.

A primeira é da vinda desta entidade como mago, feiticeiro e bruxo ao mundo dos mortais para ser útil a quem da magia tem necessidade para alcançar seus objetivos. Este mestre mago feiticeiro, Rei do mundo espiritual vem ao mundo físico e se apresenta como Vulgo (Apelido) Exú Tranca Ruas da Almas.

Ele tem o poder de fechar e abrir os caminhos para o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as almas perdidas, formar seu Exército para lhe servir e também formar uma hierarquia para que todos as almas perdidas fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar, receber as oferendas que são depositadas nas ruas de qualquer cidade aonde Exú Tranca Rua tem o poder absoluto ( o Reino das Ruas ).

Essa entidade protege a entrada das casas de culto na esquerda da Umbanda e no culto Kibundo ( Kimbanda ), nada se movimenta ou sai de uma casa para as ruas, nada chega ao seu destino de origem como nas matas e outros locais fora da cidade sem que antes sejam realizadas oferendas á Exú Tranca Ruas.

Exu tranca Ruas é respeitado no mundo dos homens poderosos porque foi através do poder de Seu Embaré que elas conseguiram suas fortunas, seus impérios e assim viverem como Reis.Este n'ganga é cultuado é tem réplica de seu Pepelê N'ganga em algumas empresas por isso elas só crescem, geram grandes lucros e contribuem para o equilíbrio do mundo porque esta entidade tem influência sobre o dinamismo do ser humano, quando cultuada por eles.

Obs.: Esta entidade é a que mais possui conhecimento para indicar amuletos na cabaça e outros apetrechos para ser colocado como segurança na entrada dos estabelecimentos comerciais e nas residências, que servem contra inveja, feitiços, pragas, demandas, etc...

Exú Tranca Ruas tem o poder de realizar magia para o amor com resultados imediatos e quem nele acredita para fazer a sua união nunca mais sofre por amor.

Tranca Ruas das Almas, só ele pode abrir uma fenda entre o mundo físico e o espiritual trazer ou levar os espíritos que estiver sob seu comando de volta, só ele pode prende - los para executar as tarefas que ele tiver necessidade para beneficiar o ser humano.

Exú Tranca Ruas ( o Rei de Embaré) também é generoso, depois que as entidades a seu serviço realizam as suas tarefas com êxito ele as recompensa cedendo parte do seu poder e luz para a evolução das mesmas.

Por isso esta entidade é tão poderosa e respeitada e todos Sacerdotes adeptos aos cultos afro-brasileiros cultuam Exu Tranca Ruas das Almas na frente de suas casas ( pequenas tranqueiras ) com muito respeito, por que além dele proteger a porta e a rua ele também prende as almas perdidas que tentam entrar nos lugares onde ele é cultuado.

Esta é uma história verídica que confere a Exu Tranca Ruas aqui no mundo físico, mas temos a história de sua origem no mundo espiritual como Ngangá Sr. do Reino de Safira o Rei de Embaré, que deu origem a essa entidade de n'ganga e nos dias atuais trabalha nas casas de culto Kibundo onde realiza suas magias junto ao Pepelê N'ganga, seus médiuns (sacerdotes kibundo) que recebem esta entidade dentro desta linha kibundo é por que já passaram pelo Kamarim Kibundo além de ter feito os preceitos dos sete reinos de n'ganga como exige a própria entidade Tranca Ruas de Embaré ( vulgo Tranca Ruas das Almas ).

Suas Preferências

Essa entidade na linha das almas no reino das ruas aceita todos os tipos de oferenda que são realizadas nas encruzilhadas, estradas, cemitérios, etc...

Como Rei Majestade ( Tranca Ruas de Embaré ) recebe suas obrigações e oferendas em locais específicos de acordo com suas orientações ou através do oráculo Ngombo ( Oráculo dos Ossos ) sob o qual Seu Tranca Ruas de Embaré também conhecedor.

Tem como seu curiador bebidas finas de malte envelhecido, adoração pelo luxo, pedras preciosas, pratarias, porcelanas, e antiguidades valiosas.

Recebe padê como todas as entidades de n'ganga e alimentos de carnes preparados dentro do templo pela pessoa específica do cargo e encarregada de faze-lo.

Seu vestuário é cartola sofisticada de época, sua capa varia nas cores azul turquesa, roxo e negro tendo contrastes em vermelho decorada de safira de preferência amarelo dourada que simboliza sua riqueza e a presença de seu reino.

Geralmente solicita para seu conforto tronos entalhados em madeira e marfim é extremamente educado e fino, poderoso e sinistro é uma entidade muito melindrosa nunca solicite os seus serviços sem de fato ter certeza do que deseja porque os seus trabalhos são alta magia e muito eficazes.

Referências

Retirado do livro O Guardião dos Caminhos "A história do Senhor Guardião Tranca-Ruas". - Autor: Rubens Saraceni inspirada por Pai Benedito de Aruanda. - Editora: Madras. - www.madras.com.br

GUARDIÃO TATA CAVEIRA





Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio".

Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.

Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro.

Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.

O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.

Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado.

A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo.

Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas.

Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados.

Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.

Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.

Entre os exus da linha de Caveira, existem: Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Caveira enquanto vivo.

Como entidade, o Chefe-de-falange Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.

Caveira é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.

No entanto, Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Caveira não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.

Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Caveira Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

No entanto, uma vez amigo de Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções.

Pontos Cantados

Exu pisa no toco, Exu pisa no galho,
Galho balança Exu não cai, ô ganga,
É Exu, Exu pisa no toco de um galho só

É Exu, Exu pisa no toco de um galho só
Marimbondo pequenino, bota fogo no paiol, ô ganga.
É Exu, Tatá Caveira no toco de um galho só. (bis)

Um pombo preto voou da mata,
Voou e pousou lá na pedreira. (bis)
Onde os Exus se reúnem,
Mas o reino é de Tatá Caveira. (bis)

GUARDIÃO DAS SETE ENCRUZILHADA


Guardião Rei das Sete Encruzilhadas



(Astaroth) - Esse Exu comanda uma das Falanges mais poderosas e numerosas de exus. Sua aparência astral é a de ser visto como um ente humano normal qualquer, com a característica que está sempre vestido de preto. Esse Exu Rei tem a particularidade de não incorporar, apenas o fazendo os seus comandados e sob as suas ordens diretas.

Esses testas-de-ferro, incorporados usando o nome do Chefe, usam sempre a expressão "meu chefe determinou isso, aquilo, vou consultar meu chefe, isso eu posso fazer, isso eu não posso fazer, (trocam" "chefe" por "superior" ou outra expressão análoga).

Isso não quer dizer que não tenham força. Tem e muita. É comum em seus trabalhos, pedirem para os consulentes colocarem nas encruzilhadas um charuto aceso, uma garrafa de marafo, bem como oferendas diversas.

Em terra, bebe bebidas finas em taças e fuma charutos de boa qualidade. Come carne de todos os tipos.

Incorporado, se apresenta e caminha como uma pessoa normal, sem mascara de sofrimento no médium e gosta muito de receber honrarias, ser servido e ser bem tratado, como só acontece com quem é Chefe. Protege por demais os seus médiuns, dando a eles a intuição do perigo e da desconfiança quando alguma coisa não vai bem.

Sempre deixa patente gostar que seu médium trabalhe mais com ele do que com as demais entidades da Direita da umbanda.

Caracteristicasz

Erva Guiné
Guia Vermelha e Preta, trabalha muito com velas pretas ,vermelhas,preta e vermelha, Trabalha muito com ervas e na fixação do médium!!
Metal Ouro
Mineral Quartzo branco bruto
Pontos Riscados





Ponto Místico de Chamada dessa entidade. A cruz de Oxalá, dirigindo os sete caminhos (7 Cruzes), separado pelo tridente mágico que divide o reino de Obatalá do Reino de Odum. Este ponto significa que o(s) trabalho(s) executado(s) visou/visaram a prática do bem.

Pontos Cantados

7 facas de ponta em cima de uma mesa
7 velas acesa la na encruzilhada
Exu é rei,,exu é rei..exu é rei la nas 7 encruzilhadas
Sr. 7 meu amigo de alma
Sr. 7 meu irmão quimbandeiro
gira todo mundo gira
mas seu 7 é da coroa de Oxalá (bis)
Em cada encruza existe um guardião
Acima deles existe um rei
E esse rei é seu 7 Encruzilhada
Que nos da força e sua proteção
As curas do seu 7 Encruzilhadas
tem uma beleza rara
O seu 7 começa, aonde a medicina para
Mas ele cura mesmo, cura sim senhor
Mas ele cura mesmo, aos filhos seus
Me cura seu 7, pelo amor de Deus
Me cura seu 7, pelo amor de Deus


Oração ao Guardião Rei das Sete Encruzilhadas

Saravá Santo Ântonio de Pemba!

Saravá à força do Sete!

Saravá à todos os Exus!

Ajoelhado aos teus pés, estou rogando que me escute no sopro dos sete ventos, meu grande Exú Sete Encruzilhadas.

Com a força do teu garfo que carregas nas costas e da cruz do teu peito, eu humildemente peço que tenhas vidência das dores que trago no peito aflito.

Sete Encruzilhadas Exú dos sete caminhos, senhor rei das Sete Encruzilhadas de fé, sepulte nas sete catacumbas os nossos problemas e tristezas.

És um lindo homem, um cavalheiro, andas descalço com tua linda capa de veludo, a gargalhar pela noite, venceste sete guerras, vença pelo menos uma para mim, se eu merecer pois estou em desespero.

Sete Encruzilhadas, conheces as dores e angústias do mundo onde tu vivestes, amaste, sofreste e foste humilhado, mas hoje carrega a Coroa dos infelizes e essa coroa quem te deu foi a misericórdia de pai Oxalá, nos pés de pai Olorum.

Sete Encruzilhadas, coloque debaixo de teu pé esquerdo o nome dos meus inimigos, livrando-me das invejas, calúnias e dos olhos grandes. põe no meu coração o perdão e a justiça, para me reconhecer e me corrigir das minhas faltas.

Lindo homem de cabelos negros e olhos de cristal, perfuma a minha vida com o perfume das sete rosas vermelhas.

Atenda meu pedido, te imploro Sete Encruzilhadas pois sei que os teus protegidos, tu jamais desampara.

Rei dos sete mistérios, carregas as sete chaves do destino, abra os meus caminhos e me faça feliz, pois contarei sempre com a sua proteção, agora e em todas as horas de aflição.

Saravá Sete Encruzilhadas

Kimbanda

Esta entidade se apresenta como um homem de idade avançada, de pele escura, barba e olhos vermelhos, cor de brasa. Traz a metade do seu corpo (o lado esquerdo) queimado, sendo que sua perna esquerda não funciona bem, por isto é muito comum que se apóie em um bastão.

Prefere beber whisky de boa qualidade e fumar charutos grossos, sua voz é rouca, grave e forte. Quando está manifestado em algum médium, gosta também de azeitonas. Seu olhar é insustentável e quando se fixa em alguém, parece que o atravessa, sabendo seus segredos mais íntimos. As pessoas que o conhecem sentem certa autoridade nele e o respeitam.

Se desmancha em passagens que envia ao mundo para que transmitam suas mensagens através de seus cavalos (médiuns), sendo que isto acontece com todas as demais Entidades de Kimbanda. Sua vestimenta quase sempre é em tons vermelho e negro, com toques brancos e às vezes dourados (quando fora da Encruzilhada da Lira), prefere a capa e a cartola. Gosta de trabalhar com pouco público, em sessões que tenham força espiritual, onde os que nelas se encontram estejam concentrados ao máximo para dar o melhor de si. Não é importante a quantidade, e sim a qualidade e o resultado final da cerimônia.

Em sua última encarnação foi um Tatá Nganga banto, que foi trazido como escravo ao Brasil. Começou chegando na Umbanda, como um "exu de baixo" e foi levantado para "o alto" quando se fizeram os sacrifícios correspondentes na Kimbanda. Quando lhe perguntamos porque se denominava "da Lira" respondeu:

"Lira é uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, de lá venho eu..."

Tem um caráter sério, amável e tranquilo, mas também pode ser enérgico e enojar-se quando há algo que ele não gosta. Tem prazer em ensinar e doutrinar, por isto sempre está tirando dúvidas a todo aquele que lhe faça perguntas, desde as perguntas mais insólitas como "porque há estrelas..." até as mais comuns como "quero saber se meu marido me engana..."

Apesar do Exu Rei das 7 Encruzilhadas tenha sido posto em um lugar privilegiado por alguns autores (os que escreveram com muita subjetividade), ele mesmo afirma que não é o Rei absoluto da kimbanda, e sim que apenas é um dos principais.

É rígido e severo quanto a seguir as tradições e que os rituais se cumpram passo a passo como deve ser, mesmo que, como todo "exu" está aberto a mudanças, às movimentações e inovações, sempre e quando os mesmos sejam feitos pelos próprios exus.

Livros

Título : GUARDIÃO DAS SETE ENCRUZILHADAS
Autor : RUBENS SARACENI
GUARDIÃO DAS SETE ENCRUZILHADAS - Rubens Saraceni. Hemisarê - A Ira Divina Madras - O leitor irá se surpreender com o relato narrado por Hemisarê, o personagem central desta obra. Não se trata da história de um espírito "comum", já que ele é um ser que classificamos como um mistério em si mesmo e um manifestador natural de determinados poderes só possuídos por espíritos guardiões dos mistérios da criação. Hemisarê faz revelações sobre os espíritos com desequilíbrios ou viciaçõe sno setimo sentido, que é o da geração da vida, e mais especificamente, sobre a sexualidade desvirtuada. Durante boa parte da leitura, ele nos conduz às esferas sombrias e ao cerne do desequilíbrio dos espíritos. Também traz uma luz aos cultos aos deuses fálicos, ligados à multiplicação das espécies. Tudo se explica à luz da razão, e o relato de Hemisarê, de uma frieza e imparcialidade incomuns, nos induz a reflexões e a mudanças dos sentimentos como desejos, paixões,obsessões, vícios e insatisfações, relacionados ao sétimo sentido. Numa sequência de acontecimentos dramáticos e assustadores, Hemisarê descobre que há outras formas de realizar seu mistério e cumprir com o que dele esperam os senhores dos mistérios, os sagrados Orixás. Fica claro que há duas formas: a da dor e a do amor, a das trevas e a da luz

GUARDIÃO SEU GIRA MUNDO





PARA QUEM USA É SEU PONTO RISCADO
PARA QUEM ACREDITA COMO EU SEU ESCUDO FLUIDICO
É UMA HOMENAGEM PARA DUAS PESSOAS MUITO ESPECIAIS UMA QUE TÊM EM SUAS VIDAS ESTE GUARDIÃO MEU IRMÃO SERGIO T' OSUN E MEU PAI QUE SEU GIRA MUNDO CONTINUE TRAZENDO MUITO ÀSE COMO VEM FAZENDO TODOS ESSES ANOS BEIJOS.
Exu Giramundo e, A Bela Face das Trevas
(Segal) - É chefe da linha negativa de Xangô, ou seja, ele é chefe de legião, sendo serventia de Xangô. Trabalha nas encruzilhadas e também nos cemitérios, pois seu nome é Gira Mundo, ele está em todos os lugares, cavernas e calungas, porque ele Gira o Mundo, assim como outro Exú de sua falange o Sr. Vira Mundo.

Exerce toda sorte de influência na atividade humana , principalmente sobre os espíritos desencarnados , que ainda não compreendem seu estado atual.Estes espíritos são enviados por exu Gira-Mundo para pertubar criaturas humanas, que os médicos da terra diagnósticam como obsidiadas.

Embora seja subordinado ao Guardião Calunga e pertença ao grupo de ALMAS, trabalha no corte de negativos e desmancho de trabalhos de baixa magia cortando correntes numa situação tormentosa, atrito e desordem astral percebendo-se males cardíacos. Atua também para desenrolar casos arrastados na justiça tendo trabalhos de magia interferindo no andamento. justiça de Xangô quem deve paga, quem merece recebe.

Caminhos

Caracteristicas

Bebida Marafo, Whisky
Fuma Charutos
Guia Vermelha e Preta
Lugar Encruzilhadas
Metal Estanho
Mineral Quartzo Verde Escuro
Planta Mangueira
Vela Preta, Vermelha e Preta
Pontos Cantados

Eu quero ver correr
Eu quero ver balancear
Chegou Seu Gira Mundo
Na Quimbanda vai girar


Ê girê, o girá,
Gira Mundo vai chegar.
Ê girê, o girá,
Para todo mal levar.
Ê girê, o girá,
Lá para o fundo do mar.
Ê girê, o girá.


Pontos Riscados



Escudo Fluídico



Esta Entidade obedece à força desse triângulo fluídico riscado com pemba vermelha e com a ponta ou vértice que está dando cruzamento a 2 pontas ou saídas para o ponto cardeal SUL ou OESTE. O pano sobre o qual deve ser riscado é de cor verde-escura, cortado, em forma triangular. Leva velas ímpares nas pontas de saídas do triângulo, distribuídas de acordo e pares para pedidos de ordem material, dentro do triângulo riscado. Aceita álcool ou aguardente num copo de barro e charutos acesos com lumes para fora, dentro de um prato de barro. Aceita folhas e flores de trombeta, em redor de sua oferenda, que deve feita às quintas-feiras, entre nove horas e meia-noite, sempre numa encruzilhada de quatro saídas ou caminhos, nos campos, capoeiras, matas, e nunca nas de ruas.

GUARDIÃO MORCEGO



(Guland) - Apresenta-se astralmente sob a forma de um homem forte com uma grande Capa Preta e com um morcego desenhado no peito ou na forma de um grande vampiro. Trabalha com pembas, e com morcegos. Quando ele vem em trabalhos em terreiros para combater demandas ele faz uma forma de dança como se tivesse pegando seus inimigos com suas garras.

Kimbanda

Exu Morcego, Líder da 11ª Falange, subordinado ao Exu Calunga, nervoso, anti-social não é muito de prosa, mas quando faz algum tipo de trabalho como ele mesmo diz "vai buscar voando" e sempre cumpre com o que diz. Deve se ter um cuidado muito especial com este Exu, por ser considerado guardiões de muitos mistérios!!!

É considerado o Exu da morte, cura e vida. Diz-se uma entidade do ar que desceu do céu para decapitar os primeiros homens maias feitos em madeira. Seu assentamento leva ferradura e ouro. Guardião do umbral. Entidade que trás consigo o ritual do esgotamento das paixões terrenas onde o homem sai da roda de samsara e entra na vida, ou seja, em direção a luz, e também a entidade que aprisiona as pessoas apegadas às paixões terrenas e somente sai das cavernas quando realiza as verdades espirituais da vida. Suas oferendas são realizadas em cemitérios e pântanos.

Têm o poder de transmitir ou curar, à distância, qualquer espécie de moléstia. Os trabalhos são efetuados na hora grande, isto é, à meia-noite e, geralmente, na Magia Negra, onde são utilizados animais. Após o sacrifício esses animais estão sujeitos a contraírem, a raiva (hidrofobia), quando a finalidade desses trabalhos é feita com o propósito de enlouquecer algum oponente. A sua apresentação é a de um enorme morcego.

Características

Bebida vinho, absinto, conhaque
Fuma charutos, cigarros
Guia Vermelha e Preta com um morcego
Lugar matas, cavernas e encruzilhadas,cemitérios e pantanos
Metal Cobre
Mineral Quartzo Azul Escuro
Planta Mamona
Vela pretas, vermelhas e pretas

Lendas de Exú Morcego

História #1

Em um castelo, inteiramente de pedra, mal cuidado e isolado no meio de uma floresta, típico daqueles pertencentes ao feudo europeu, vivia um homem branco e corpulento, trajando uma surrada roupa, provavelmente antes pertencente a um guarda-roupa fino. Percebia-se o desgaste causado pelo passar do tempo, pois ainda carregava uma grossa e rica corrente de ouro de bom quilate, com um enorme crucifixo do mesmo cobiçado material. Parecia viver na solidão, muito embora no castelo vivessem vários serviçais. Na torre do castelo, as janelas foram fechadas com pedra, e só pequenas frestas foram feitas no alto das paredes. A luz não podia entrar. A torre não tinha paredes internas, formando uma enorme sala, com pesada mesa de madeira tosca, tendo como iluminação dois castiçais de um só vela cada. Ao lado da tênue luz das velas, livros se espalhavam sobre a mesa, mostrando ser aquele homem um estudioso e que algo buscava na literatura. De braços abertos, com um capuz preto cobrindo sua cabeça, emitia estranhos e finos sons, tentando descobrir o segredo da conhecida Sagrada Arte. Pelas frestas da torre, entravam e saiam voando vários morcegos com os quais ele procurava inspiração e força para atingir sua conquista. Por quê? Não sei. A idéia e as razões eram da estranha figura. Parecia um homem de fino trato, transfigurado na fixação de atingir um poder que não lhe pertencia. Seu nome? Também não sei. Só o conheço incorporado nos terreiros como o querido mas temido Exu Morcego

História #2

A história dessa entidade vem de muito tempos atrás de uma época onde homens e gênios se união em magia para realizar as obras do mundo,exú morcego surgiu do desejo de um jovem amante da noite e dos morcegos,este apaixonado por uma jovem desejou tê-la sob todas as circunstâncias,ele era estudante das artes ocultas,e a maioria dos que formaram na quimbanda uma linhagem eram praticantes da goecia e strigoi,(magia vampirica),seres humanos que venderam sua alma não ao demônio caricato da igreja pois este,segundo a igreja descreve é bem diferente da potencia real existente na natureza e que para nós ocultistas é a face negra do Deus que é Deus e Deusa,luz e sombra e da nuance das duas o equilibrio de todas as coisas,sendo bem e mal relativos,voltando a história este jovem desejou muito um moça de grandes posses e que para ele era inacessivel,já naquela epoca os casamentos eram negócios a serem fechados entre familias ricas e eis que ela havia sido prometida a outro jovem rico.Tal jovem desesperado e já estudando a muito tempo a magia em todo seu espelendor,em uma noite entre as lua vermelha e negra invocou o gênio guland a origem de todos os vampiros e seres ligados a evolução dos morcegos,a crença e associação dos vampiros ao morcegos não é mera supertição tudo no mundo material tem seu reflexo no sobrenatural na forma de um gênio na luz e nas trevas sendo no ser humano feito o sábio equlibrio,somos instrumentos nada mais;tudo feito os elementso mágicos posicionados ,21 morcegos sacrificados eis que o jovem banha-se no sangue do animais e com as palavras certas conseguidas pelo esforço de anos de sua juventude junto a grandes praticantes ,este invoca o gênio Guland,aquele que possui o poder sobre o sentimentos mais negros desenvolvidos no coração dos homens,eis que este aparece como grande morcego mais parecido com os famosos gárgulas,oito asas negras de morcego,imenso com aspectos humanoides misturados as caracterisitcas dos morcegos,eis que Guland senhor da noite, aparece tal qual apreceu a Dracula dando ao mesmo o poder real sob seus dominios,eis que mais um ser humano se misturava ao reino do caos,realidade dos mundos sendo que todos conhecemos os mundos de caos,os expiatórios onde estamos e os regenetivos ,de glorias e a plenitude a qual costumam chamar de paraiso,em cada um destes duas linhas de evolução se desenvolvem a das leis ou elementais(seriam a alma das leis, pois não existeo inanimado tudo é vivo mas manifesto de forma diferente)e a humana(seres de efeito resultado do seres de causa os elementais,por isso eles levam um tipo de vida e evoluem diferente de nós,nós não existimos sem eles ,eles coecistem sem nós,causa existe sem efeito ,mas efeito não existe sem causa logo...)como dizia o jovem desejoso de adquirir a mesma proeza de dracula,e inspirado no contyo do mesmo sendo que tal jovem vivia num pais proximo a romenia,e sendo assim nasceu cercado com histórias sobre o famoso principe das trevas,Guland já ciente do desejo do jovem extende a pena de Lucifer e o tratado é feito,não existe pacto da forma como os homens entendem,mas sim a simbologia do ato , que denota em si que o individuo assume diante destes processos de lei manifestos(no caso Guland) a responsabilidade e ciencia dos seus atos,eis que assim que o rapaz assina o tratado,Guland solta um gizo tal qual infinitas falanges de morcegos fariam ,de forma sobrenatural e absorvendo o sangue dos morcegos junto com o do rapaz, sopra de novo este misturado junto ao rapaz que imediatamente se torna um misto de hoem e morcego,com poderes concedidos por parte de Guland,dominando a noite e seu mistérios,este reverencia Guland que com novo grito se desfaz na forma de inumeros morcegos desaparecendo na escura noite, deixando claro ao jovem que este não mais poderia ver a luz do sol,pois agora era regido pelos gênios da noite,e dessa forma era agora parte desta.Ao receber tal noticia este voa direto a sua amada que ao ver o meso a primeira vista se assusta relutando em aceitar o mesmo,este inconformado mata o pretendente da mesma,e passa a criar com mais força a lenda do vampiro,sua amada ao reconhecer o mesmo através de um amuleto que este carregava feito com pele de morcego vê que seu amado por amor se torna uma criatura tenebrosa por fora,mas que no intimo do seu ser é homem puro,esta pede que ele conceda o mesmo poder a ela,este reluta e não que que a amada se condene como ele,ela finge a primeira vista aceitar,mas sabendo que este adormecia em uma carverna de dia vai ao casebre do mesmo,um castelo abandonado onde este passou muito tempo estudando a artes de levitação e metamorfose,bem como invocações de gênios de ambos os poderes;vendo um livro de invocações está em noite propicia entre a lua vermelha e a negra,invoca Guland que acompanhado de Lilith a dama das Trevas concede a mesma o dom das trevas,sendo que ela se torna então a pombagira morcego,e juntamente com ele o então exu morcego,formam a linha mais forte de magia na qumbanda,e eis e ele diz "Eis que Lucifer me deu asas para nos céus proclamar o poder da quimbanda,e agora com minha contra parte feminina,minha amada eu sou o pássaro da noite,o pdoer da magia negra com asas.."e assim estes levaram adiante na europa a lenda dos vampiros,que são outro tipo de complexidade mistica a ser comentada em outra hora,bem como outras lendas sobre exus,sendo que foram classificados como exus aqui no brasil,sendo que muitos foram os seres humanos que receberam a marca de guland através do exu e da pomba gira morcego,e assim sua legião foi formada e cada ser humano carregava um servo em si da grande legião do gênio guland,tendo assim a missão de juntos evoluirem e assim se separerem para que a "maldição "assim se desfaça.

GUARDIÃO DO LODO






É ligado aos Orixás das Águas, Yemanjá, Oxum e Nanã. Trabalha com as coisas que estão estagnadas, manipula as energias paradas, os processos sem andamento, sem horizontes. Promove grande limpeza e descarrego tirando as pessoas das doenças, principalmente as de pele, e das misérias. Possui grande poder mágico pois trabalha no encontro das águas com a terra e as pedras onde se forma o lodo, tirando destes elementos todo subsídio.

Pontos Cantados

Na prai deserta eu vi Exu
Então o meu corpo tremeu todo. (bis)
Acendi minha vela o meu charuto
Arrie minha marafo
Saravei Exu do Lodo (bis)


Pontos Riscados



Kimbanda

É o mesmo que Exu Nanguê da nação Keto. Este ancestral é o que devastou recentemente com lama uma região no outro lado do mundo. Provoca catástrofes naturais como lamaçais devastando tudo que encontra pela frente.

Muitos adeptos deste ancestral o procuram para destruir a vida de um inimigo querendo com ele que sua vida se torne miserável.

Lenda

Diz a lenda, que uma vez estabelecida a Kimbanda, Exú Rei e sua esposa, decidiram andar pelo mundo para verificar o trabalho que realizavam seus súditos (ou seja, os Exus) e dessa maneira, comprovar se eles eram fiéis no cumprimento as regras ou não. Para fazer isso, disfarçaram-se, ocultando seu ricos adornos para poderem passar despercebidos.

Em uma ocasião, Pomba Gira Rainha caminhando por uma trilha, defrontou-se com um enorme pântano, sujo e podre, o que lhe impediu de continuar sua ronda. (Não se esqueça que os Exus nunca voltam para trás, eles não caminham sobre os seus próprios passos).

Enquanto decidia como fazer para atravessa-lo, apareceu a sua frente um homem de estatura média, com o perfil de um ermitão, bastante despenteado e aparentando ser antisocial. Apesar de sua imagem sombria, coberta por uma enorme capa escura, parecia não coexistir com aquele lugar.

Ela se assustou bastante a principio, mas ficou lisonjeada com o gesto educado daquele homem, que rapidamente retirou a sua capa e jogou sobre o lago que ela pudesse passar, podia ver nos olhos dele um interminável desolação.

A Rainha caminhou por sobre a longa capa e seguiu seu caminho sem olhar para trás. Atônito, fascinado pela beleza desta estranha mulher que nunca tinha visto, mas eu estava certo, nunca se esqueça de, pela primeira vez tinha sido no amor. Ele não sabia quem era ELA. Ela não pode imaginar a sua ansiedade: não foi fácil ser o guardião daquele lugar. Nenhuma mulher gostaria de acompanha-lo no seu esforço. Como recompensaria sua educação e respeito ? de que maneira poderia melhorar a sua vida?

Após a conclusão da sua viagem, chegou ao palácio e disse ao seu marido o que ele tinha descoberto. "Existe um ser nobre - lhe digo - que cuida de uma pantanal imundo. Quando uma pessoa chega a esse charco pestilento, do nada ele vem e te ajuda a pessoa a superar obstáculos tremendos. Eu vi a tristeza em seus olhos para ter uma local como aquele para atendimento, mas, no entanto, faz o seu trabalho com cuidado e sem soluçar. Sua figura, curva, malcheirosa e bruto, mas é humilde e cortes.

Interessado no vizinho, Exú Rei queria convida-lo para uma celebração que iria fazer em sua casa para no final do mês. Sua intenção era premia-lo por sua abnegada dedicação à missão que lhe tinha sido encomendada e pelo respeito a sua esposa. E em sua busca, ordenou ao general de seu exército, Senhor Tranca Ruas.

Uma vez reunidos na Mansão Real, qual não seria a surpresa de Exu do Lodo ao notar que a esposa de seu soberano era a mulher que ele amou profundamente! E a dor, ao mesmo tempo, porque, em menos de uma fração de segundo deveria ser retirado de sua mente. Não podia sequer imaginar que, uma vez que ele sentindo-se atraído por ela.

Naquela noite, Exú Rei o condecorou e lhe deu a honra de se sentar-se à sua direita. E desde então ocupa este lugar, mantendo a base do trono de seu monarca.

Pomba Gira Rainha, em seguida, dá-lhe um lenço perfumado com seu aroma, e solicita que você guarde suas lágrimas, e depois, ao retornar para o seu local, jogue-o no meio do pântano. Ela lhe agradece pela respeito e ternura, e promete ajudá-lo a sair da solidão em que se encontra.

Naquela noite, enquanto voltava para o seu território, cabisbaixo, pensei: Como poderia ser feliz vivendo no lodo! nenhuma mulher queria juntar-se a mim em meu trabalho. Ao chegar, jogou o lenço sobre a lama e ficou a observar a lua que o cobria com a sua luz prateada. Saiam do lenço todas as suas lágrimas e espalharam-se por sobre o pantano, espalhadas como um colar de pérolas que desmanchava. Na manhã seguinte, ao observar o local onde ele tinha atirado o lenço tinha começado a crescer uma planta, e que as suas lágrimas dispersas, eram botões florais que começaram a pressagiar uma nova era. Era fim de inverno, e a primavera produzia milagres mesmo através da lama.

Foi a primeira vez reparou as flores. Considerou um presente de sua Sra. Rainha e pos-se a aspirar a fragrância do seu amor. Era o mesmo perfume de sua soberana, o qual, cuidaria a cada primavera.

Depois de algum tempo, a história repetiu-se com outro protagonista. Uma mulher que circulava por aquele mesmo caminho, e de repente estava próxima ao charco. Solicito como sempre, Exú do Lodo saiu de seu esconderijo e ofereceu-lhe o casaco dele. Ao olha-la, descobriu em seus olhos a simpatia que ele tanto buscava, e sem pensar duas vezes, cortou algumas de suas flores e ofereceu-as a linda mulher. Ela as aceitou, por sua vez, lançou uma gargalhada. Era, Maria Molambo, que desde então, passa a ser sua parceira e ficou a viver ao seu lado.

A moral desta história nos permite compreender os sentimentos mais profundos.

Quantas vezes devemos renunciar a alguns sonhos, reconhecendo que não podemos alcançá-los! E, que afortunados somos se podemos faze-lo, nos livramos de tantas dores de cabeça, de tantos contratempos, e que ao final, nos aguardam outras flores que possuem uma fragrância que ao senti-la, queremos te-la sempre ao nosso lado

A Educação, a obediência, o respeito e a renuncia de Exú do Lodo foram premiadass. Não somente se tornou o braço direito de Exu Rei, como também de toda a Kimbanda. Mas ele poderia encontrar o amor e ponha um fim a seus dias de pessimismo.

Isso aconteceu, de acordo com as entidades próximo ao inicio da primavera. Portanto, a celebração ocorre a cada 21 de setembro em todos os templos que tem como protetores os Reis da Encruzilhada.

Esta noite a festa é especial. Exú Rei volta a cada ano para reafirmar a sua atribuição ao seu leal sudito e o destaca com uma banda. Permanece junto a algum tempo e, no momento de despachar, eles caminham juntos para a porta do Terreiro, onde a direita do monarca, e sempre ajoelhado, espera a chegada da Pomba Gira Rainha. Uma vez que Exú Rei deu o passe a sua companheira, Exú do Lodo a toma pelo braço e juntos ingressam no salão de baile. sob uma chuva de pétalas de flores que os filhos de santo soltam no ar no momento, Saravando a presença de sua rainha, e aplaudindo, em ambas as entidades a quem paga seu tributo nesse dia à noite.

GUARDIÃO ESÚ VELUDO




FERRAMENTA DE ESÚ VELUDO
PARA AQUELES QUE USAM O PONTO RISCADO DE ESÚ VELUDO


(Sagathana) - pertence à Linha das Encruzilhadas, que é uma das Linhas Negativas da umbanda.

É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas. Pertence a linha negativa de Ogun,sendo serventia do Ogun Rompe-Mato Portanto, tem ligação de trabalho com tudo que envolva a água. Tanto é que seu ponto de força é no lado direito da margem do rio em relação ao por do sol.

Um outro detalhe observado e que gostam é o de fazerem os seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exus Veludos caminham, dão a impressão de que estão amassando e/ou pisando sobre areia.

Recebe oferendas de trabalho na beira da água, tanto doce como salgada.

Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade.

Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor. Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes e fuma charutos de boa qualidade.

A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala mansa, calma, tranqüila, eram lembradas como: "tal pessoa é um veludo no falar". Portanto, a onomatopéia da voz desse Exu se confunde com uma qualidade de voz aveludada.

Onde incorpora um Exu Veludo, fatalmente incorpora também o Exu dos Rios, possuindo ambos identidade e apresentação quase idênticas Apesar de ser "um veludo" no falar, é uma entidade muito forte. Protege por demais os seus médiuns, e exige muito deles para a manutenção dessa ligação médium/Exu Veludo.

Caminhos

Exu Veludo da Meia Noite
Exu Veludo Cigano
Exu Veludo 7 Encruzilhadas
Exu Veludo Menino (Veludinho)
Exu Veludo dos 7 Cruzeiros
Exu Veludo das Almas
Exu Veludo dos Infernos
Exu Veludo da Calunga
Exu Veludo da Praia
Exu Veludo do Oriente
Exu Veludo Sigatana
Exu Veludo do Lixo
Características

Bebida marafo, Whisky, vodca, bebidas finas e fortes
Fuma charutos
Lugar encruzilhadas
Velas pretas, vermelhas e pretas
Pontos Cantados

Eu sou Exú Veludo
E vim lá da Quimbanda
Eu vim neste terreiro
Pra salvar filhos de Umbanda


Comigo ninguém pode
Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu me chamo Veludo


Veludo, Veludo, Veludo do Mar
Meu povo é da Quimbanda
Meu povo vem trabalhar


Lá na mata deu um berro
Derrubou cerca de arame
Estourou portão de ferro
Comigo ninguém pode
Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu me chamo Exú Veludo
Comigo ninguém pode
E nem há de poder
Na minha encruzilhada
Sou mais forte que você


Pontos Riscados



Quimbanda

Este Exu, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado). Usa um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Kimbanda de "veludo" Dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos. Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um. Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos, tigelas, agulhas, pembas e outros ingredientes. Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios.



SÃO GUARDIÃO QUE SE SABEM MUITO POUCO SOBRE ELES MAIS NÃO DIMINUEM SEUA ATRIBUTOS NEM IMPORTÂNCIA E PERIGO QUE CADA UM REPRESENTA EM SEU ELEMENTO




Guardião das Matas

(Hicpacth) - A ele foi designado o trabalho nas matas , sendo esta a razão do seu nome nos diversos culto de magia negra.Linha das Matas,onde vivem os exus que trabalham nas cachoeiras, pedreiras, em matas, rios, etc. Onde muitos são caboclos quimbandeiros, trabalham muito com ervas, gostam de ensinar banhos, defumações, tudo que envolva ervas.

Existem vários tipos de matas, matas serradas, matas fechadas, matas em beira de estrada, de mar, onde existem os determinados exus responsáveis.

Trabalham muito com velas verdes, verdes e pretas ou pretas, usam guias da mesma cor e muitas ervas. Guardião chefiado por Exu Rei das Matas. Comanda todos os Exus que trabalham no verde ou locais que tenham árvores (à não ser de cemitérios, pois pertence a outro reino).

Líder de falange, trabalha tanto para Oxóssi como para Ossâim. Tem seu ponto de força firmado em matas fechadas ou à beira de lago circulado por verde. Exu das Matas é conhecedor dos mistérios das ervas, raízes, sementes, folhas, flores e frutos.

Costuma ensinar o preparo dos banhos, chás, pós, óleos para a cura da alma e do corpo. Exige dos seus filhos o estudo religioso, a disciplina e o respeito com o próximo, pois costuma dizer que nada adianta a entidade ter o conhecimento se o cavalo esta despreparado como ser humano e como médium para auxiliar. Não admite traição e mentira. A este exu solicita-se a proteção, quando uma pessoa amada foi para longe e desejamos sua volta.Os trabalhos devem ser feitos nas matas onde existe abundância de árvores, ou seja nas matas.

Guardião Ganga

Damoston - É o quinto comandado de Exu da Meia-Noite. Possui alto poder maléfico. Seus trabalhos são feitos exclusivamente nos cemitérios, tanto para o bem quanto para o mal, podendo o mesmo curar ou matar, conforme solicitação. Apresenta-se com roupagem cinza e preta, sendo sua presença notada pelo forte cheiro de carne podre. É um Exu que é metade Exu e metade Omolu. Reinado na cruz mestre do cemitério durante 6 meses do ano.

Pontos Cantados

Guardião Marabá

Kimbanda

(Huictogaras) - Este exu tem grande poder nos fenômenos astrais, principalmente nas faces da lua.Sua energia atinge vários setores , e aceita qualquer trabalho , tanto para curar como para matar.Pode irradiar fluídos provocadores do sono em vigias , causando grandes pertubações.

Guardião do Fogo

Nação Kêto

Nasceu no ano de 145 e faleceu no ano de 185. Tratava-se de um homem com vários defeitos físicos e cicatrizes pelo corpo; era cego. Sua missão na terra é cuidar das pessoas acidentadas pelo tempo que precisarem. Entregam-se suas oferendas na beira de barros e lodos.

Características

Bebida Marafo
Comida trigo com barro e semente de urucum, pimenta malagueta e tudo o que há sob a terra.
Cores Preto, azulão e verde
Fuma Charutos
Guia preto e verde
Simbolos tridente de 4 pontas e uma cruz com cobra em volta.
Guardião dos Cemitérios

Nomes

Exu Coquinho do Inferno
(Frucissiere) - É o décimo segundo comandado de Exu Calunga. Embora não pertencendo à Linha de Omulu, trabalha este Exu, ativamente, nos cemitérios. Tem grande poder de ressuscitar os mortos, e a sua irradiação (tanto para o bem como para o mal), pode curar ou transmitir a "Peste da Varíola".

O Exu dos Cemitérios apresenta-se envolto num manto preto e vermelho, com listas horizontais. Pois, embora trazendo a pele bexigosa, a mesma não é negra.


Guardião dos Rios



Também, como Exu Veludo, recebe as ordens diretas de Exu Rei das Sete Encruzilhadas. Sua jurisdição está nas beiras dos rios e riachos, onde é a sua morada. Todos os trabalhos efetuados nessa redondeza devem ser oferecidos a esta entidade. A sua apresentação é de Caboclo, mas logo é reconhecido pelas suas vestimentas de penas negras como um índio.


Pontos Cantados

MEU SENHOR DAS ALMAS
EXÚ DOS RIOS VEM AI (bis)
ELÉ VEM ACOMPANHADO
DE SEU IRMÁO TIRIRÍ (bis)

O RIO CORRE PRO MAR
RUA CORRE PRA ENCRUZA (bis)
LOUVADO SEJA EXÚ DOS RIOS
QUE DEMANDA NÁO RECUSA (bis)


Guardião Maré

(Pentagnoni) - pertence à linha de Iemanjá e trabalha junto a Iansã e a Oxum com o intermédio de Xangô. Bem eclético, ele é o Exu guardião da sabedoria do povo das águas, odeia a mentira e faz um trabalho sempre muito esclarecedor, procura por seus médiuns exatamente por que necessita de uma inteligência nativa dentro deles (inteligência emocional), gosta da cor amarela e por ser um amante do mar também gosta de um bom RUM.

Cuida muito de seus filhos dando-lhes sabedoria e compreensão. Vaidoso como OXUM, certeiro em suas palavras como IANSAN e justiceiro como XANGÔ, cuida da evolução e cura espiritual dentro da linha kármica da justiça, fazendo seus filhos evoluir em cada pensamento e atitude. Carrega em suas mãos uma pedra branca (Pérola gigante) que lhe dá o poder de desaparecer e se transportar para o lugar desejado.

Muitos o vêem em forma de esqueleto com a cabeça de tubarão, a seus ossos são amarrados crânios e alguns deles são substituídos por facões ou espadas.

Iansã lhe dá o poder de cuidar dos QUIUMBAS (obsessores), levando-os para dentro do mar (abaixo do fundo do mar), ao qual dificilmente voltam. Logicamente que sempre dentro da linha da justiça de Xangô.

Lendas

Foi um Pirata e como bom Pirata, traído. Ele foi o único que sobreviveu ao ataque articulado por seus inimigos, amarrado e mutilado quando jogado ao mar com uma adaga enferrujada para que enfrentasse os tubarões. Ele gerou dentro de si uma terrível força de revolta e vingança, pois sua tripulação havia sido dizimada. Força essa que o fez sobreviver magicamente, foi salvo por pescadores da região que com as ervas o curaram. Disfarçado, foi atrás de seu traidor e quando o encontrou, para sua surpresa, descobriu que era sua amada que o entregou por status e poder. Seguiu e matou a todos, dando-lhes uma morte digna, vingando a sua tripulação.

Exceto a sua amada, que já arrependida de sua traição, suicidou-se ao saber que ele estava vivo e vingando a sua tripulação.

Apesar de um Pirata, ele era um comandante de fibra e lei, fazendo amigos por onde passava, ajudava a todos e dizem que era de família muito nobre, da corte e que suas atitudes e seu porte eram mais de Rei do que de Pirata.

Hoje trabalha nos terreiros de Umbanda por escolha divina, ajudando as pessoas a resgatarem seu karma. Seu corpo astral leva consigo um osso ou uma ferramenta de cada um de sua tripulação


Guardião Mor

Tambem conhecido como Exu 9 Luzes



(Belzebuth) - Exu mor conhecido também como Anjo Belo é uma das três entidades mais poderosas que existem na Hierarquia Demoníaca. De acordo com a invocação ou evocação que a ele é feita, distribui os trabalhos a ele dirigidos a mais dois exus não menos poderosos. Esses exus por sua vez comandam mais outros vários exus e assim por diante... Como pode ver irmão de fé, dentro da ordem hierarquica é formado um verdadeiro exército, comandado por Exú Mor. Este Exú, como os outros existentes, serve diretamente a todos os Orixás da Umbanda, procurando atender as ordens que lhe são dadas. Cada um deles atende a um ou mais orixá, pois o exú, de uma forma geral, nada mais é do que o lado oposto do Orixá. Melhor dizendo, o lado negativo do Orixá. Está é uma das grandes dúvidas que ainda existem na Umbanda/Quimbanda, por falta de esclarecimentos mais objetivos a respeito deste assunto. Na verdade o diabo não existe como se afirma em diversas religiões, e sim o negativo de cada Orixá. Deus é absoluto, o criador de tudo que vemos, tocamos etc, portanto Deus foi quem criou tudo e deixou toda a sua criação ao alcance do homem para que ele pudesse usa-la da melhor maneira que ele achasse que deveria usar, portanto, foi ele "Deus" quem criou também o Diabo, fazendo que cada um de nós o usasse e respondesse pelo uso que fizesse.

Guardião Pantera

Seu nome dá a entender ser um espirito violento, bravo, mas, bem ao contrário, apresenta-se com muita elegância, com charme e um bom palavreado.

Ele contou sua história: afirmou ser europeu e grande admirador da pantera, para ele, um animal esperto, ágil e o mais elegante de todos.

Veio ao Brasil para resgatar seu karma, agrupando-se à Umbanda, especificamente à Quimbanda e como tem uma relação direta com o Caboclo da Pantera, não teve nenhuma dúvida em usar o nome do lindo felino.

Guardião Pedra Negra

Kimbanda

Apresenta-se na forma de um cavalheiro elegante. É grandemente invocado para solucionar casos financeiros,seu curiador é o vinho , no qual se mistura mel de abelhas.Gosta de frutas principalmente o Jamelão.

Guardião Pimenta

(Trimasael ) - O nome de Exu Pimenta, tem origem nos Quimbandistas, ou Esquerda Negativa da Umbanda, que a denominaram assim, pelo fato de que na proximidade de sua emanação fluídica, antes da incorporação, se sente um forte cheiro de pimenta A sua apresentação astral são de duas maneiras. Uma é igual á de um verdadeiro Mago (com uma aparência, como exemplo, da figura do Feiticeiro, no desenho animado do Mickey Mouse: "O Aprendiz de Feiticeiro". É só imaginar essa figura e, acrescentar ao redor do corpo fluídico do Exu Pimenta, uma diáfama camada de vapores químicos que o envolve completamente e o acompanha sempre.

E a outra como um caboclo, um índio forte sempre se mexendo,ou em volta de ervas. Ele seria como um caboclo quimbandeiro! Pertence a inha das almas, vive na calunga das matas! Ele é da linha negativa de Oxossi e trabalha em serventia do caboclo Pena Azul

Características

Arma trabalha com fundanga, enxofre, fósforos, pimenta, queima papéis e constantemente receita banhos e defumações com várias misturas de ervas. Costuma manter fogo aceso dentro desse caldeirão enquanto está em terra incorporado,pois o fogo é agente má transmutador
Bebida marafo, vinho, cerveja, uísque, conhaque e pinga com pimenta
Fuma charutos
Guia Sua guia (corrente, colar) na maioria das vezes é Verde e Preta, com tridentes de Exu e Pomba-Gira, meia lua, estrela de 5 pontas e imagens de caveira, ou então guias com bastante metais, já que ele é como se fosse um alquimista. Seu domínio é fazer misturas com ervas, metais, ou seja, fazer transformações assim como um alquimista!
Vela vermelhas,pretas,brancas ,principalmente com vermelhas

Guardião Quebra Galho

(Frimost) - Exu Quebra Galho é o segundo exu na hierarquia comandada por Exu Calunga possui vários poderes , principalmente nas matas e sua presença é logo sentida pelos estalos dos galhos, exerce forte domínio sobre as mulheres incitando-as à prostituição.É a entidade mais solicitada para trabalhos de amarração ou separação ,e são feitas com boneco de madeira tosca e entregue a este Exu.

Guardião Quirombo

Kimbanda

Este Guardião tem atuação idêntica à do Guardião Mirim. No entanto, é especializado em prejudicar "mocinhas", desviando-as para o mau caminho. Apresenta-se, também, como uma criança.

Guardião Tranca-Tudo

Kimbanda

(Frutimiere) - É o décimo quinto comandado de Exu Calunga. É um ancestral das orgias sexuais e negócios relacionados ao comércio sexual. Trabalha com uniões sexuais dentro dos feitiços direcionados ao amor.

Trás dinheiro com facilidade desde quando bem ofertado.

A força deste Exu está em conceder, quando solicitado, todo e qualquer tipo de festa.

A sua oferenda é galo preto, farinha misturada ao azeite de dendê, ovos cozidos e cachaça, podendo a oferenda ser depositada em qualquer lugar, que é sempre recebida com grande alegria.

Sua apresentação é na forma de uma anãozinho preto, cujos olhos se assemelham aos das aves noturnas, tais como a coruja, o mocho e outras.

Guardião Tronqueira

(Clisteret) - Este Exu é o encarregado da guarda das estradas, dos caminhos e da proteção das casas religiosas de Kimbandas e de Umbanda. Tem, também, o poder de fazer as pessoas trocarem o dia pela noite, principalmente os jogadores e as garotas de programas. É o sexto comandado de Exu Calunga.