segunda-feira, 23 de maio de 2011

LENDAS - ORIXÁ IROCO

IROCO
Iroko ou Tempo, como também é conhecido, é um Orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo.

Iroko, Iroco ou Roko (do iorubá Íròkò) é um orixá cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponde ao Inquice Tempo na nação Angola ou Congo.

Em todas as reuniões dos Orixás está sempre presente Iroko, calado num canto, anotando todas as decisões que implicam directamente na sua acção eterna. É um Orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o Espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.

Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao caminho da Eternidade.

É o Tempo também das mudanças climáticas, as variações do tempo-clima. Guardião das florestas centenárias é o colectivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.

Em África, a sua morada é a árvore iroko, Milicia excelsa (antes classificada como Chlorophora excelsa), chamada “amoreira africana” na África de língua portuguesa. É uma árvore majestosa, encontrada da Serra Leoa à Tanzânia, que atinge 45 metros de altura e até 2,7 metros de diâmetro.

No Brasil, onde essa árvore não existe, diz-se que Iroko habita a gameleira branca, Ficus gomelleira ou Ficus doliaria (também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Iroko, assinalada por um “ojá” (laço de pano branco) ao seu redor.

Iroko representa a ancestralidade, os nossos antepassados, pais, avós, bisavós, etc., representa também o seio da natureza, a morada dos Orixás.
Desrespeitar Iroko (a grande e suntuosa árvore) é o mesmo que desrespeitar a sua dinastia, os seus avós, o seu sangue… Iroko representa a história do Ylê (casa), assim como do seu povo… protegendo-o sempre das tempestades.

Ao contrário da maioria dos orixás, este não costuma “baixar” nas festas de santo, nem ser “feito” na cabeça dos fiéis. É reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa. Os animais a ele consagrados são a tartaruga e o papagaio.

Iroko é um Orixá pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros. Os seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Orixá.

Características dos filhos de Iroko

Os filhos de Iroko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.

Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem.

Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.

Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.

Um defeito grande, é o facto de não conseguirem guardar segredos.

Lendas de Iroko
As mulheres da aldeia não engravidavam e tiveram a ideia de recorrer aos poderes de Iroco. Juntaram-se em círculo ao redor da árvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. Não ousavam olhar a grande planta, pois, os que olhavam Iroco de frente enlouqueciam e morriam. Suplicaram-lhe filhos e ele quis saber o que teria em troca. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar: milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Uma delas, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido não tinha nada daquilo para oferecer. Desesperada, prometeu dar a Iroco o primeiro filho que tivesse. Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recém-nascidos e as mães foram levar a Iroco suas oferendas. Olurombi contou a história ao marido, mas não pôde cumprir sua promessa. Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido. No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braços trémulos, temerosa, o filhinho tão querido. O tempo passou e ela mantinha a criança longe da árvore. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediações do Iroco, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temível espírito da árvore. Disse Iroco: “Tu me prometeste o menino e não cumpriste a palavra dada. Transformo-te então num pássaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa.” Transformou Olurombi num pássaro que voou para a copa de Iroco para ali viver para sempre. O entalhador a procurou, em vão, por toda parte. Todos os que passavam perto da árvore ouviam um pássaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Iroco. Até que um dia, quando o artesão passava perto dali, ele próprio escutou o tal pássaro, que cantava assim: “Uma prometeu milho e deu o milho; Outra prometeu inhame e trouxe inhames; Uma prometeu frutas e entregou as frutas; Outra deu o cabrito e outra, o carneiro, sempre conforme a promessa que foi feita. Só quem prometeu a criança não cumpriu o prometido.” Ouvindo o relato de uma história que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu. Sim,
18/01/10 excluir
mistic
2 Lenda de Iroko
Iroco era um homem bonito e forte e tinha duas irmãs. Ajé, a feiticeira e Ogboí, uma mulher normal. Iroco e suas irmãs vieram juntos do Orun para habitar no Ayê. Iroco foi morar numa frondosa árvore e suas irmãs em casas comuns. Ogboí teve dez filhos e Ajé um só, um passarinho. Um dia, quando Ogboí teve que se ausentar, deixou os dez filhos sob a guarda de Ajé. Ela cuidou bem das crianças até a volta da irmã. Mais tarde, quando Ajé teve também que viajar, deixou o filho pássaro com Ogboí. Foi então que os filhos de Ogbói pediram à mãe que queriam comer um passarinho. Ela lhes ofereceu uma galinha, mas eles, de olhos no primo, recusaram. Gritavam de fome, queriam comer, mas tinha que ser um pássaro. A mãe foi então foi a floresta caçar passarinhos, que seus filhos insistiam em comer. Na ausência da mãe, os filhos de Ogboí mataram, cozinharam e comeram o filho de Ajé. Quando Ajé voltou e se deu por conta da tragédia, partiu desesperada a procura de Iroco. Iroco a recebeu em sua árvore, onde mora até hoje. E de lá, Iroco vingou Ajé, lançando golpes sobre os filhos de Ogboí. Desesperada com a perda de metade de seus filhos e para evitar a morte dos demais, Ogoí ofereceu sacrifícios para o irmão Iroco. Deu-lhe um cabrito e outras coisas e mais um cabrito para Exu. Iroco aceitou o sacrifício e poupou os demais filhos. Ogboí é a mãe de todas as mulheres comuns, mulheres que não são feiticeiras, mulheres que perdem filhos para aplacar a cólera de Ajé e de suas filhas feiticeiras. Iroco mora na gameleira branca e oferece sua justiça na disputa entre as feiticeiras e as mulheres comuns.
18/01/10 excluir
mistic
3 Lenda de Iroko
Era uma vez uma mulher sem filhos, que ansiava desesperadamente por um herdeiro. O babalaô lhe disse para ir à árvore de Iroco oferecer um sacrifício. Com panos vistosos ela fez laços e com os laços ela enfeitou o pé de Iroco. Aos seus pés depositou o seu ebó, tudo como mandara o adivinho. Mas de importante preceito ela se esqueceu. O babalaô mandara que nos três dias antes do ebó ela deixasse de ter relações sexuais. Só então, assim, com o corpo limpo, deveria entregar o ebó aos pés da árvore sagrada. A mulher disso se esqueceu e não negou deitar-se com o marido nos três que precediam o ebó. Iroco irritou-se com a ofensa, abriu uma grande boca em seu grosso tronco e engoliu quase totalmente a mulher, deixando de fora só os ombros e a cabeça. A mulher gritava feito louca por ajuda e toda a aldeia correu para o velho Iroco. Todos assistiam o desespero da mulher. O babalawo foi também até a árvore e o jogo que fez revelou sua ofensa, sua oferta com o corpo sujo. Mas a mulher estava arrependida e a grande árvore deixou que ela fosse libertada. Toda a aldeia ali reunida regozijou-se pela mulher. Todos cantaram e dançaram de alegria. Todos deram vivas a Iroco. Tempos depois a mulher percebeu que estava grávida e preparou novos laços de vistosos panos e enfeitou agradecida a planta imensa. Tudo ofereceu-lhe do melhor, antes resguardando-se para ter o corpo limpo. Quando nasceu o filho tão esperado, ela foi ao babalaô e ele leu o futuro da criança: deveria ser iniciada para Iroco. Assim foi feito e Iroco teve muitos devotos. E seu tronco está sempre enfeitado e aos seus pés não lhe faltam oferendas.
18/05/10 excluir
mistica de
IRÓKÒ
IRÓKÒ é um orixá originário de Íwerè, região que fica ao leste de Oyó na Nigéria.
Irókò tem um temperamento estável, de caráter firme e em alguns casos violento. Daí muitas das vezes ser comparado com Xangô.
Na Nigéria, Irókò é cultuado numa árvore que tem o mesmo nome. Porém, no Brasil esta árvore foi substituída pela gameleira-branca que apresenta as mesmas características da árvore usada na África. É nesta árvore, a gameleira-branca, que fica acentuado o caráter reto e firme do orixá pois suas raízes fortes, firmes e profundas, dão uma estrutura sólida aos filhos deste orixá.
Irókò ainda é tido com árvore guardiã da casa de Candomblé pois, ter esta árvore plantada no terreno da casa de Candomblé representa força e poder.
Irókò foi associado ao vodun daomeano Loko dos negros de dinastia Jeje e ainda ao inkice Tempo, dos negros bantos.
Irókò, na verdade, é o orixá dos bosques nigerianos, onde lá na Nigéria é muito temido, porque como conta um itan, ninguém se atrevia a entrar num bosque sem antes reverenciá-lo.
No Brasil, é nos pés da gameleira-branca que fica seu assentamento e também é ali que são oferecidas suas oferendas.
Sua cor é o branco e ainda usa palha da costa em sua vestimenta. Sua comida tem por base o ajabó, o caruru, feijão fradinho, o duburu, o acassá, o ebo e outras.
11/09/10 excluir
mistic
IROKO,ORISÁ ANTIGO

Iroko nsò?

Erò, Iroko nsò,

Erò.

(O que brota no Iroko?

Calma é o que brota em Iroko,

Calma)



Iroko, Òrìsà antigo.


Poderosa árvore da floresta, em cujos galhos se abrigam divindades e ancestrais.

Poderosa árvore da floresta, aos pés da qual são depositadas as oferendas para as Ìyàmi Ajè.

Poderosa árvore da floresta, cujas raízes alcançam o Òrún ancestral e o tronco majestoso serve como apoio ao próprio Olòfín.

Iroko é partícipe do culto ancestral feito às árvores sagradas (Iroko, Apaoka, Akoko etc).

No Brasil é considerado o protetor de todas as árvores, sendo associado particularmente à gameleira branca. Seu cultoestá intimamente associado ao de Osànyín, a Divindade das Folhas litúrgicas e medicinais.

É o Òrìsà da floresta, das árvores, do espaço aberto; por extensão governa o tempo em seus múltiplos aspectos, função que o equipara a Airá (divindade da família de Sangò).

É cultuado pelas nações de origem dahomeana (Mina-Gêge, Gêge-Mahi) com o nome de Lokó e pelos

Banto-sudaneses pelo nome de Zaratembo (a divindade Tempo da nação de Angola).

É referido como "Òrìsà do grande pano branco que envolve o mundo", numa alusão clara às nuvens do Céu.

As árvores nas quais Iroko é cultuado normalmente são de grande porte; são enfeitadas com grandes laços de pano alvo (oja fúnfún) e ao pé dessas árvores são colocadas suas oferendas, notadamente nas casas de origem Ketu, onde recebe lugar de destaque. Jamais uma dessas árvores pode ser derrubada sem trazer sérias consequências para a comunidade.

No culto aos Vodún, Loko ocupa lugar destacado, comparado somente à Lisa (Osalá) e Dan (Osùmarè).

Iroko é invocado em questões difíceis, tais como desaparecimento de pessoas ou problemas de saúde, inclusive a mental. Seus filhos são altivos e generosos, robustos na constituição, extremamente atentos a tudo o que ocorre a sua volta.

Seu dia de culto é Ojo Isegún, juntamente com todos os Òrìsà ligados as matas e a terra.

ASÉS COM ORISÁ IROKO E TEMPO



LENDAS - ORIXÁ



Mo jubá.

Quando relaciono aqui AXÉS COM ORIXÁ IROCO E TEMPO, tenho como finalidade colocar a seu dispor ferramentas diversas para você receber, dar, na realidade manipular esta energia. São dicas das mais diversas na linha de orações, ebós, obrigações, agrados, simpatias, muitas destas manipulações são tão antigas como o pó da estrada,outras são frutos da evolução humana,espiritual e claro folclórica. Tradicional.

Não significa que são ebós para você vencer em todos os obstáculos que temos que enfrentar na estrada da vida ao longo de seu percurso, mas com certeza lhe darão animo, força e determinação.

Fortalecendo o seu modo de pensar significa você sair de uma situação estagnada seja qual for e partir para uma situação que julga ser melhor, isto em todos os campos.Através da conquista do espaço desejado.

Pode ser uma viagem que não se concretize. Um namoro complicado, um amante que não se decide. Uma venda que não se efetue, bem...as “DICAS” estão abaixo.

Desejo que você tenha discernimento para fazer a escolha, não apenas da ferramenta a usar, mas principalmente quanto a necessidade do uso.

Quem sabe não tem aqui uma receita especial para o seu caso?

Boa sorte

Ou Jafusi Inanga
11/09/10 excluir
mistic
O ORIXÁ IROKO – O ORIXÁ DA ANCESTRALIDADE





É um orixá pouco cultuado no Brasil. Seus filhos também são poucos conhecidos. Iroko vive na mais suntuosa árvore que há numa roça. Representa a ancestralidade, nossos antepassados, pais, avós. Representa também o seio da natureza, morada dos orixás. Desrespeitar Iroko (grande e suntuosa árvore) é desrespeitar o próprio sangue...
Iroko representa a história do ylé, assim como, de seu povo. Protegendo sempre o mesmo das tempestades.
* Características:
. Nome: Iroko
. Origem: Benin (Daomé)
.Cor: Branco, verde e azul celeste
. Filiação: Oxalá e Nanã
. Data: 10 de Agosto
. Vela: Branca e Cinza
. Dia: 3ª Feira
. Oferendas Rituais: inhame, canjica, pipoca doce, cerveja clara e de pé de gameleira
. Hora: 18 horas
. Símbolos: escadinha e um espanador de palha
. Metal: ferro e zinco
. Local para acender: Em espaços abertos da natureza ou morros
. Vibrações: Para atrair iniciativa e perseverança.
. Sincretismo: São Lourenço
. Saudação: Irokó Axé!


Senhor do Primeiro Raio - Vontade, Poder e Fé.
Quem sou eu


Irokô - Irôko - Irôco - Rôco: Orixá da Gameleira Branca (árvore sagrada que vive, mais de 200 anos e pela nossa Religião, seu corte é proíbido.), Orixá difícil de se ver, tem muita ligação com o Ketu (Quieto corruptela). Tem Babalorixá e Iyalorixá com trocentos anos de Santo e nunca viram um Orixá Irôko. Tem fortes ligações com outros Orixás é também com os abikús (Nascidos para morrer).
É tido como um Orixá raro, e até mesmo a sua feitura deverá ser problemática (por causa de localização de determinadas ervas); possui poucos filhos e raramente se manifesta. Uns dizem qu tem laços com o Orixá IJI (Daomé) com Nanã, Oxumarê e Obaluaiê. E agora me veio a memória uma cantiga de Oba, na quaal se faz referência a Irôko!

Akeko ni emí!
Axé!

Um comentário:

  1. São qualidades do Orixá Iroko: Iroko Zabedi e Iroko Daibá. Esses aspectos do Orixá são cultuados em duas árvores distintas, uma considera macho e outra considerada fêmea.
    No passado Orixá Iroko foi sincretizado com São Francisco de Assis e também com São Longino ou Longuinho.
    Segundo alguns sacerdotes se inicia o ritual da Sassanha invocando primeiro Iroko e só depois Ossãe.
    Iroko é Orixá de Ariaxé.

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